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6 de fev. de 2013

Juca Ferreira apresenta propostas para gestão da Cultura em São Paulo

Juca Ferreira (Secretário da Cultura) e Rodrigo Savazoni (chefe de gabinete) apresentam propostas de políticas culturais no auditório do Centro Cultural Vergueiro (lotado) . Foto: Pimenta's, amigos e Cia.
Secretário municipal de cultura de São Paulo promete diálogo permanente, gestão 'de renovação, inclusão e integração' e diz que prefeito assumiu compromisso de elevar orçamento da pasta 

21 de fev. de 2011

Indústria fonográfica: Radiohead, ícones conscientes da ruptura de um modelo comercial de massa(!)?





Novo clipe do Radiohead, "Lotus Flower", lançado na internet




 A banda inglesa, Radiohead, revolucionou o mercado fonográfico quando lançou o álbum "In Rainbows", pela internet apenas e cobrando de seus "clientes" o preço que achassem justo pagar pelo produto comercializado.

Muitos nada pagaram...

Os ingleses lançaram ontem na rede mundial de computadores seu novo álbum, "The king of limbs", com três meses de antecedência à venda do produto nas lojas... A banda aposta no naufrágio das grandes corporações (?) da música e do entretenimento, buscando eliminar "intermediários" no negócio em que competem (sobrevivem). 

Será possível manter-se no mainstream em um caminho inóspito?
A questão aqui formulada não leva em consideração a qualidade ou tipologia musical apresentadas pelos ingleses liderados por Thom Yorke, mas como em uma rede mundial, de rápida disseminação de formatos culturais de massa, será possível preservar o "negócio", com lucros e capital suficiente para apostar em vôos cada vez mais altos.

Será vanguarda o que se presencia ou talvez, presunção da questão, mais outro movimento mercantil supostamente rebelde, mas enquadrado a uma estratégia de marketing ousada?

O que parece certo é que hoje as grandes corporações mundiais que negociam música e filmes em formatos físicos (CD's/DVD's, Blue Rays...) caminham para o abismo da fragmentação veloz da venda e compartilhamento de produtos culturais pela internet em meio digital.

No dia do lançamento do novo álbum do Radiohead já é possível encontrar em sites de compartilhamento e no Youtube todo o álbum lançado comercialmente pelo site da banda, de graça, sem qualquer royaltie pago por isso.

Que caminhos são esses? 

Por Claudio Ribeiro - Blog Palavras Diversas - 19.02.2011

19 de jan. de 2011

Campus Party 2011 premiará estudantes e profissionais


Dois desafios tecnológicos serão lançados aos campuseiros na edição 2011 do Campus Party.  Um deles é o desenvolvimento de plataforma de educação financeira para TV Digital com base em software livre e outro premiará as três melhores reportagens jornalísticas para  a  Revista  Digital BB Campus Party. O encontro começou no dia 18 de janeiro e vai  até  o dia 23  de  janeiro no Centro de  Exposições Imigrantes  em  São  Paulo  (SP). 
O prêmio para a solução em educação financeira é um pacote com acompanhante para assistir aos jogos finais do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, que ocorrerá em Roma, Itália, de 24 a 26 de junho deste ano.  Já os autores das três melhores reportagens ganharão um pacote para acompanhar uma etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. O resultado será divulgado no sábado (22), no estande do Banco do Brasil, no Campus Party Brasil 2011.
O Campus Party é o maior encontro nacional de tecnologia, cultura  digital  e  entretenimento  em  rede,  que   reúne  durante  uma  semana  estudantes,  jornalistas, empresários,  cientistas,   pesquisadores,   programadores   e   internautas  de vários países. O evento foi criado na Espanha. A primeira edição foi em 2002 e passou a ser realizado no Brasil desde 2007.

Por Secom - 18.01.2011 

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13 de jan. de 2011

Desprivatizar a comunicação

Em debate, Comparato e Amorim destacam responsabilidade do governo Dilma para fazer a democracia avançar; IPEA lança estudo sobre setor. Escrito por: Luiz Carvalho


Amorim, Comparato e Pochmann (esq para dir) drate o encontro
A mídia no Brasil é ainda mais concentrada do que nos Estados Unidos. Enquanto lá são cinco grandes conglomerados que monopolizam a produção e o acesso à informação, aqui, são quatro, lembrou o jurista Fábio Konder Comparato durante participação em um debate no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Sob organização do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o evento aconteceu na noite dessa terça-feira (11) e contou também com o jornalista Paulo Henrique Amorim e com o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), responsável por apresentar a pesquisa “Panorama da comunicação e das telecomunicações”.
Durante a intervenção, Comparato ressaltou que apesar da Constituição brasileira proibir o monopólio e o oligopólio, apenas a Rede Globo é dona de 442 empresas no setor. “Precisamos desprivatizar a comunicação social porque a comunicação social autêntica se desenvolve em espaço público, do povo”, destacou.
Ganhar consciências – Segundo ele, as emissoras de rádio e TV, por serem concessões públicas, devem atuar sem fins lucrativos e precisam ter finalidade educativa, promover a cultura regional e respeitar os valores éticos, sob pena de cassação da licença. Para os jornais e revistas, propriedades privadas, deve haver uma lei capaz de ampliar o direito de resposta e impedir o monopólio.
Para regulamentar ambos os casos, há uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), ajuizada pelo jurista em novembro do ano passado, e aguardando a manifestação da Procuradoria-Geral da República, do Congresso Nacional e da Advocacia-Geral da União (AGU). O documento trata da regulamentação de matérias presentes nos artigos 220, 221 e 223 da Constituição. Todos são referentes à comunicação e discorrem sobre a proibição de monopólio e oligopólio, versam sobre a programação e criam uma lei específica referente ao direito de resposta, pendente desde que o Superior Tribuna Federal (STF) revogou a Lei de Imprensa, em 2009.
“O objetivo das ações não é a vitória imediata, até porque sabemos que o Supremo e Procuradoria farão de tudo para empurrar com a barriga. Trata-se de ganhar a consciência pública, tornar essa discussão algo permanente na agenda política”, comentou Comparato.
Dilma e o Congresso – Perante esse embate, Paulo Henrique Amorim ressaltou a necessidade da sociedade pressionar para que os advogados da AGU acatem as ADOs e permitam o início do debate sobre uma Lei de Meios no atual governo. “Esperamos que a União não traia nossas expectativas e de quem votou em Dilma”, comentou.
O jornalista aproveitou para ler um texto publicado em seu blog comanda, o Conversa Afiada, em que critica a postura do Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. No artigo, Amorim afirma que Bernardo era o “primeiro Ministro das Comunicações desde o fim do regime militar que não tratava a Globo com mel”. Indica que “ele peitou as teles ao afirmar que faria a banda larga a R$ 30, até que se viu diante da Globo. E, aí, ele piscou. O repórter Samuel Possebon, da respeitada Teletime, revelou que Bernardo não considera um marco regulatório, ou Ley de Medios, ou como enquadrar a Globo prioritário”, publicou.
Amorim diferençou a liberdade de expressão da liberdade de imprensa: “liberdade de Imprensa nessa democracia do Ministro Bernardo é a liberdade dos filhos do Roberto Marinho. Liberdade de imprensa o Cerra (sic) tem. Liberdade de Expressão não têm os trabalhadores, os nordestinos, os homossexuais, os cadeirantes, os beneficiários do Bolsa Familia, quando os “colonistas” do PiG e da Globo os desmerecem. Liberdade de expressão foi o que faltou à Dilma, no Jornal Nacional, para responder à campanha do aborto que a Blá-blá Marina e o Cerra lançaram contra ela”, acrescenta.
Por fim, o jornalista aproveita para comentar a afirmação de Paulo Bernardo de que a prioridade é democratizar a banda larga. “Tecnologia não é o trem, é o trilho, é o meio, e por si só não é sinônimo de democracia. Eu quero banda larga universal, mas com liberdade de expressão. Se dentro do vagão vier a ditadura eu não aceito”, disse.
Fortalecer a democracia
Ao lançar os três livros que resultaram da pesquisa “Panorama da Comunicação e das Telecomunicações no Brasil”, Márcio Pochmann citou também que o IPEA pretende trabalhar na construção de um Observatório da Comunicação para acompanhar a relação do setor com a necessidade de avançar no processo democrático. “Infelizmente, não somos um país de tradição democrática. Temos 500 anos de história e apenas 25 de democracia, muito mais representativa do que prática”, avalia.
Especificamente sobre a obra, o professor destaca que a ideia foi organizar um inventário sobre as telecomunicações e a comunicação no Brasil. “Nós tínhamos estudos, mas se encontravam fragmentados e desarticulados. Essa obra apresenta uma radiografia do setor, começando pelas atividades econômicas, olhando esse segmento dentro da perspectiva do desenvolvimento nacional, com informações detalhadas sobre a forma de organização empresarial, recursos humanos e processo de formação de quadro.”
Clique para ler as partes um, dois e três da pesquisa.
Jornalista atuante
O presidente do sindicato dos jornalistas, José Augusto Camargo, o Guto, encerrou o ato, afirmando a necessidade de que os jornalistas sejam agentes mais atuantes do que estão sendo na disputa pela definição de um novo marco regulatório para as comunicações. “Mais do que ninguém, somos nós que conhecemos as entranhas dessa indústria”.
A seguir ele leu uma carta que será encaminha ao Ministério das Comunicações com eixos definidos como prioritários pelos trabalhadores para promover a livre circulação de ideias.
De acordo com o documento, é necessário um marco regulatório que garanta e incentive a pluralidade das vozes e a competitividade justa entre empresas; a integração latino americana também no campo da comunicação uma vez que vários países do continente irão partilhar do mesmo sistema de TV digital; a inclusão digital de milhões de brasileiros privados hoje desse bem por milhões de operadores que negligenciam o seu papel social; normas para funcionamento de imprensa que permita o direito de resposta aos ofendidos e promova a liberdade de expressão; regras impessoais e republicanas para renovação de outorgas. Ao final, o texto em breve disponível no site da entidade para adesão dos interessados, pede ao Ministério da Comunicação que submeta o anteprojeto de lei de comunicação eletrônica a consulta pública e solicita ao Executivo enviar o resultado desse trabalho ao Congresso Nacional.

Fonte: CUT

Por Daniel Pearl - Blog da Dilma - 12.01.2011