Uma compilação com 100 obras, entre autores brasileiros e estrangeiros, escolhidas entre os 10 mil títulos disponíveis no portal Domínio Público. A lista traz desde livros seminais, formadores da cultural ocidental como “Arte Poética”, de Aristóteles até o célebre “Ulisses”, de James Joyce, considerado um dos livros mais influentes do século 20, além de clássicos brasileiros e portugueses. Todo o acervo do portal é composto por obras em domínio público ou que tiveram seus direitos de divulgação cedidos pelos detentores legais. No Brasil, os direitos autorais duram setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente à morte do autor.
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20 de jan. de 2012
14 de mar. de 2011
Drogas: O que falar com os filhos
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Image: gonemovie.com/ Actor Ewan Mcgregor - Film Trainspotting |
Por Conceição Lemes - Vi o Mundo - 11.03.2011
O consumo de drogas, inclusive álcool, cresce na maior parte dos países. No Brasil, mais da metade das pessoas já experimentou alguma droga ilícita e a iniciação é cada vez mais precoce. Daí a importância da prevenção.
No seu entender, qual destes discursos deve ser adotado por uma mãe ou um pai:
a) Meu filho, evite as drogas.
b) Meu filho, o problema não é a droga; é a polícia, o bandido. Então venha usar aqui em casa.
c) Meu filho, eu sei lidar, você saberá lidar também. Como você é um bom garoto, a questão está em suas mãos.
“A longo prazo, filhos de pais que lançam mão do discurso a usam menos drogas do que os dos que recorrem ao b ou c, que são ambíguos. É difícil o adolescente entender que drogas fazem mal se o uso é permitido em casa”, alerta o psiquiatra e professor André Malbergier, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (Grea), da Faculdade de Medicina da USP. Ele avisa: “O cérebro dos adolescentes não está preparado para lidar com situações de prazer envolvidas no uso de cigarro, álcool e drogas ilícitas, o que aumenta o risco de se tornarem usuários”.
Existem no cérebro regiões que medeiam a relação de prazer que temos com as coisas da vida. Algumas substâncias nele produzidas estão envolvidas nessas sensações. Uma delas é a serotonina, ligada à tranquilidade e ao bem-estar. Outra é a dopamina, associada ao prazer. Em adultos saudáveis, a produção de serotonina e de dopamina é relativamente equilibrada. Já os adolescentes produzem normalmente menos serotonina e mais dopamina. Porém, a partir do momento em que começam a usar drogas, têm o circuito cerebral de prazer alterado.
“As drogas potencializam o efeito da dopamina. Funcionam como reforçador do prazer que dificilmente se obtém nas atividades comuns”, explica Malbergier. “Por isso o risco de o adolescente perder o controle sobre o consumo de drogas é consideravelmente maior do que o de alguém que inicia aos 30, 40 anos.”
Mas não é só. Outros fatores contribuem para que adolescentes e até pré-adolescentes se tornem usuários quando entram em contato com drogas: a tendência à impulsividade e a dificuldade de esperar pelo prazer – ele tem de ser imediato; pressão do grupo social; vulnerabilidade genética devido ao tipo de personalidade – há garotos e garotas que nascem com maior propensão à busca de sensações de grande impacto; história familiar de conflitos importantes; falta de um dos pais ou distanciamento de ambos; abuso sexual; violência; acessibilidade.
– Mas eu sempre soube lidar com droga, meu filho saberá também. Isso é coisa da adolescência…
O fato de você ter o consumo sob controle não significa que seu garoto ou sua garota terá, por melhor que eles sejam. Deixar essa questão só nas mãos dos jovens é um risco. Promover saúde é tentar evitar o contato.
– Ah… Mas eu usei drogas dos 18 aos 25 anos, hoje tenho 40, sou um executivo bem-sucedido, trabalho numa boa…
Por mais careta que pareça, o discurso de evitação colabora para que os filhos usem menos drogas. Aliás, mesmo que você consuma, há coisas ligadas ao prazer que não precisam ser ditas aos filhos. Da mesma maneira que você não lhes conta como é sua atividade sexual, certo?
– Mas, se eu disser para evitar, será que ele não vai usar só para me contrariar?
Independentemente de dizer sim ou não, é imensa a probabilidade de os adolescentes experimentarem, pois o acesso é muito fácil. Afinal, em boa parte das festas rolam drogas ilícitas. Agora, se eles introjetaram que os pais preferem que as evitem, diminui a possibilidade de continuarem o consumo. “A sensação de risco é muito maior do que se simplesmente ouvissem dos pais ‘Isso é fase, faz parte da vida’, justifica Malbergier.
– E se, apesar do discurso de evitação, meu filho continuar usando drogas?
Não é porque ontem seu filho ou sua filha provou álcool ou alguma droga ilícita que amanhã ele ou ela será dependente, irá mal na escola, terá atritos com familiares. Em geral, a dependência é desenvolvida gradativamente. Portanto, fique atento(a) ao processo lento de mudança de comportamento social e notará tão logo ele ou ela comece a ficar “diferente”. Caso positivo, converse. Se necessário, busque ajuda.
“É claro que vocês, pais, são os primeiros responsáveis pela orientação dos filhos quanto ao uso de cigarro, álcool e drogas ilícitas”, salienta Malbergier, no livro Saúde – A hora é agora. “Mas não os únicos. Como questão de saúde coletiva, a prevenção é responsabilidade também de professores, profissionais de saúde, autoridades governamentais e dos próprios adolescentes. Cada um tem de fazer a sua parte. ”
Para quem já é usuário, a discussão é parar ou reduzir danos. Aqui, tratamos desse aspecto.
10 de dez. de 2010
Prímulas neles: tensão pré-menstrual, doenças benignas no seio, regulação do nível de colesterol sanguíneo, agregação plaquetária, regulação da pressão sanguínea, obesidade, doença atópica, esclerose múltipla, artrite, reumatismo, alcoolismo, desordens mentais e hiperatividade infantil.
Prímula - Uma flor para afastar a TPM O óleo de prímula vem sendo estudado para tratar de diversos problemas de saúde, entre eles destaca-se seu uso para aliviar os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM) nas mulheres. Outras indicações para seu uso (via oral) incluem casos de eczema e outras irritações da pele, sendo que diversos estudos comprovam a eficiência do óleo de prímula nessas situações. O óleo das sementes da Oenothera biennis, uma flor conhecida popularmente como prímula ou estrela-da-tarde, está sendo apontado como um excelente remédio para acabar com os transtornos que algumas mulheres experimentam no período que antecede a menstruação – a chamada tensão pré-menstrual (TPM). A Oenothera biennis não deve ser confundida com a ornamental Primula obconica, também conhecida popularmente como prímula. A planta, originária da América do Norte, já era utilizada pelos índios americanos para evitar infecções nos ferimentos e, agora, está sendo considerada um dos melhores recursos da fitoterapia para combater a tensão pré-menstrual, responsável pelas súbitas mudanças de humor e dores no corpo relacionadas a este transtorno que atinge cerca de 35% da porção feminina do planeta. A eficiência da planta foi confirmada na última Conferência Anual da Associação Americana de Farmácia. Um estudo do Centro de Medicina Integrada Cedars-Sinai, da Califórnia, avaliou o uso do fitoterápico em 68 mulheres que se queixam do distúrbio. No fim de três meses, 61% delas tiveram desaparecimento total dos sintomas e em 23% dos casos houve melhora parcial. Apenas em 16% das pacientes nenhum afeito foi percebido. Equilíbrio Hormonal O segredo do óleo da prímula está nos ácidos graxos poliinsaturados, presentes na sua composição, que não são produzidos naturalmente pelo organismo e precisam ser obtidos na dieta. Deles o mais importante é o chamado ácido gamalinolênico (GLA). Além de fazer parte da estrutura das membranas celulares, o GLA origina a prostaglandina E1, uma substância que ajuda a equilibrar os hormônios femininos, diminuindo os impactos da TPM, afirmam os pesquisadores. Nas refeições, esses ácidos graxos essenciais podem ser obtidos de certos óleos, como o de soja e o de girassol, ou extraídos da sardinha, do salmão e dos peixes em geral. A carência de ácidos graxos essenciais pode acarretar, além da síndrome pré-menstrual, distúrbios como eczema atópico, envelhecimento precoce, esclerose múltipla, hiperatividade infantil e hipertensão arterial. Os precursores de prostaglandinas, principalmente o ácido gamalinolêico, influenciam na regulação de hormônios sexuais femininos, mantém a elasticidade da pele, controlam a oleosidade e influenciam na liberação de neurotransmissores cerebrais. Benefícios do Óleo de Prímula para a saúde Atribui-se ao óleo de prímula diversos benefícios à saúde, com aplicações para: artrite reumatóide, dor no peito, eczema, diabetes, alívio dos sintomas da tensão pré-menstrual, etc. Um pequeno estudo indicou que suplementação com óleo de prímula reduziu a quantidade de LDL, o colesterol ruim. Através de seu princípio ativo, o ácido gama-linolênico, o óleo de prímula é empregado no tratamento de toda e qualquer condição para as quais as prostaglandinas (PGE1) seriam benéficas. Entre essas estão a tensão pré-menstrual, doenças benignas no seio, regulação do nível de colesterol sanguíneo, agregação plaquetária, regulação da pressão sanguínea, obesidade, doença atópica, esclerose múltipla, artrite, reumatismo, alcoolismo, desordens mentais e hiperatividade infantil. Um aporte regular do óleo de prímula oferece ao organismo elementos construtivos essenciais para o mecanismo de auto-regulação hormonal, e contribui para o seu bom funcionamento e bem estar, especialmente na velhice, ou no envelhecimento prematuro provocado por certas enfermidades. Até para combater a anorexia o consumo do óleo de prímula vem sendo estimulado. Alguns estudos envolvendo as propriedades anti-inflamatórias do óleo de prímula, com algumas pessoas sofrendo de artrite reumática resultaram em benefício significativo. Outras indicações para o uso de óleo de prímula incluem casos de cirrose descompensada, neuropatias diabéticas, tensão pré-menstrual (TPM) e esquizofrenia (coadjuvante). Conheça a planta Nome científico: Oenothera biennis. Nomes populares: prímula, onográcea e estrela-da-tarde ou ‘evening primrose’ (nome originado do fato de suas flores abrirem-se ao entardecer). Na França é conhecida como onagre. Origem: América do Norte. Detalhes: Da América do Norte a planta foi levada para a Inglaterra em 1619, onde ficou conhecida como "King’s Cure-all". Seu cultivo expandiu-se pela Europa e Ásia, mas não há cultivo no Brasil. É uma planta herbácea anual ou bianual, de caule robusto, folhas largas e longas, flores grandes e amarelas. O fruto é uma cápsula que contém numerosas sementes. Composição química: Ácido gamalinolênico (GLA), fitosterol, onoterina, taninos, compostos flavônicos, mucilagens, ácido palmítico, ácido esteárico, ácido oléico, beta-sistosterol e citrstadieno. Fonte: Saúde On-line |
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1 de dez. de 2010
Descubra as diferenças entre hipotireoidismo e o hipertireoidismo
Problemas na tireoide afetam mais de 15% dos brasileiros, e muitos deles não sabem
Por Fernando Menezes - Yahoo Beleza e Saúde - 01.12.2010
Cerca de 15% da população sofre com problemas na tireoide, o que coloca essas doenças entre as que mais atingem os brasileiros, principalmente o sexo feminino, de acordo com o censo do IBGE, Outro dado da instituição afirma que cinco milhões de mulheres não sabem que tem algum tipo de disfunção na tireoide por falta de conhecimento dos sintomas.
"Os maus que mais acometem a tireoide são o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e a aparição de nódulos benignos nessa glândula. Todas essas alterações podem ser tratadas sem maiores problemas se diagnosticadas rapidamente. Contudo, como os sintomas são difíceis de detectar, uma grande parte das pessoas que sofre com problemas na tireoide não consegue identificar o problema", explica Pedro Saddi, endocrinologista da Unifesp.
A tireoide, que se localiza no pescoço, libera dois hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo, o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina). Eles regulam a velocidade do metabolismo e interferem no desempenho de órgãos importantes, como o coração, rins e também no ciclo menstrual. Por isso, qualquer disfunção na tireoide afeta várias funções vitais do nosso corpo. É importante, portanto, conhecer as principais diferenças entre as duas doenças mais comuns na tireoide: o hipotoreoidismo e o hipertireoidismo. Confira aqui.
O hipotireoidismo
O hipotireoidismo pode ser classificado como a baixa produção dos hormônios produzidos pela tireoide. O sexo feminino é mais afetado com essa falha na produção no T3 e T4. Estimativas feitas pelo IBGE dizem que atinja cerca de 10 vezes mais as mulheres do que os homens. Isso acontece principalmente no climatério, última menstruação antes da menopausa, quando o tipo mais comum de hipotireoidismo, a Tireoidite de Hashimoto, se mostra mais comum.
"Os sintomas de hipotireoidismo podem ser resumidos em todos aqueles sinais de que o metabolismo está desacelerado"
Outro fator que pode causar o hipotireoidismo é a quantidade de iodo no organismo. Tanto altas doses como baixos níveis dessa substância no organismo podem afetar a produção dos hormônios T3 e T4.
Sintomas
Os sintomas podem ser resumidos em todos aqueles sinais de que o metabolismo está desacelerado, como menor número de batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, diminuição da memória, cansaço excessivo e dores musculares.
Outros sintomas como pele seca, queda de cabelo, ganho de peso, aumento de colesterol no sangue e alterações no humor - que normalmente leva à depressão-, também são observados em pessoas que têm hipotireoidismo. "Esses sintomas não aparecem repentinamente, ou em conjunto, e podem variar de pessoa para pessoa", diz Glaucia Duarte. Por isso, é difícil fazer o diagnóstico precocemente.
Outros sintomas como pele seca, queda de cabelo, ganho de peso, aumento de colesterol no sangue e alterações no humor - que normalmente leva à depressão-, também são observados em pessoas que têm hipotireoidismo. "Esses sintomas não aparecem repentinamente, ou em conjunto, e podem variar de pessoa para pessoa", diz Glaucia Duarte. Por isso, é difícil fazer o diagnóstico precocemente.
Alimentação
Segundo Glaucia Duarte, a alimentação não determina o surgimento da doença. Como fator de proteção, os alimentos ricos em selênio são uma boa opção."O selênio parece contribuir para o bom funcionamento tireoidiano. Além disso, este mineral tem um papel antioxidante, que também age no controle de radicais livres que podem causar danos às células saudáveis do corpo. As melhores fontes de selênio encontradas na natureza são peixes, alho, cebola, pepino e cogumelo", explica Gláucia Duarte.
Outro nutriente que pode fazer bem a tireoide é o iodo. "Os fabricantes de sal de são obrigados por lei a colocar uma quantidade de iodo que possa prevenir doenças na tireoide. A ingestão de frutos do mar e algas, também ajuda a aumentar os níveis de iodo no organismo", explica o endocrinologista Pedro Saddi. Não é preciso salgar demais a comida, já que ingerir mais do que seis gramas de sal e de iodo pode até ser prejudicial à saúde da tireoide.
Mas, de acordo com Gláucia Duarte, existem alimentos conhecidamente bociogênicos (causadores do aumento do volume da tireoide), e seu consumo não deve ser exagerado, já que, somados com outros fatores como pré-disposição genética e falta de iodo no organismo, podem causar problemas na tireoide. Entre esses alimentos estão o repolho, couve-de-bruxela, brócolis, espinafre e couve-flor.
Tratamento
Os principais sintomas do hipertireoidismo são o oposto do hipotireoidismo, ou seja, irregularidade e aceleração nos batimentos cardíacos, geralmente acima de 100 batimentos por minuto, nervosismo, mãos trêmulas e sudoreicas, ondas de calor repentinas, intestino solto, perda de peso acentuada sem intenção.
Alguns sintomas, no entanto, são os mesmos como enfraquecimento e queda de cabelos, fraqueza e dores musculares e alterações no ciclo menstrual. Ela também aumenta as chances de aborto e acelera a perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas. "A semelhança entre os sintomas é um fator que dificulta o diagnóstico do tipo de doença na tireoide. Por isso que os exames TSH sérico e ultrassom da tireoide são essenciais para fazer o diagnóstico", comenta Perdo Saddi.
O tratamento consiste na reposição hormonal, em geral, à base de levotiroxina (L-T4). "O comprimido é tomado uma vez ao dia, cedo, em jejum. Solicita-se que a alimentação ocorra somente após 30 minutos da ingestão da medicação, pois os alimentos aumentam o pH estômago, diminuindo a absorção da levotiroxina", explica Glaucia.
O hipertireoidismo
O hipertiroidismo, mesmo sendo um pouco menos comum que o hipotireoidismo, ainda afeta milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do IBGE. Assim como o hipotireoidismo, o hipertireoidismo é mais comum nas mulheres. "O sexo feminino está mais propenso a ter essa doença. Os números da Organização Mundial da Saúde estimam que as mulheres sofrem até cinco vezes mais com o hipertireoidismo do que os homens", diz Gláucia Duarte.
Causas
SintomasA causa mais comum de hipertiroidismo é quando a glândula da tireoide encontra-se exageradamente ativa, produzindo uma excessiva quantidade de hormônios, condição denominada também de bócio difuso tóxico ou Doença de Graves.
Outros problemas, como tumores e excesso de iodo no organismo também podem fazer com que a tireoide passe a produzir uma quantidade maior de T3 e T4, causando assim mudanças em todo o corpo.
Outros problemas, como tumores e excesso de iodo no organismo também podem fazer com que a tireoide passe a produzir uma quantidade maior de T3 e T4, causando assim mudanças em todo o corpo.
Os principais sintomas do hipertireoidismo são o oposto do hipotireoidismo, ou seja, irregularidade e aceleração nos batimentos cardíacos, geralmente acima de 100 batimentos por minuto, nervosismo, mãos trêmulas e sudoreicas, ondas de calor repentinas, intestino solto, perda de peso acentuada sem intenção.
Alguns sintomas, no entanto, são os mesmos como enfraquecimento e queda de cabelos, fraqueza e dores musculares e alterações no ciclo menstrual. Ela também aumenta as chances de aborto e acelera a perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas. "A semelhança entre os sintomas é um fator que dificulta o diagnóstico do tipo de doença na tireoide. Por isso que os exames TSH sérico e ultrassom da tireoide são essenciais para fazer o diagnóstico", comenta Perdo Saddi.
Os principais sintomas do hipertireoidismo são o oposto do hipotireoidismo, ou seja, irregularidade e aceleração no metabolismo
Alimentação
O excesso de ingestão de iodo (alimentos ricos em iodo: ostras, moluscos e outros mariscos e peixes de água salgada, algas, consumo excessivo de sal iodado) pode, em indivíduos predispostos, levar ao quadro de hipertiroidismo e suas complicações (arritmias cardíacas, por exemplo), principalmente em idosos.
Tratamento
De acordo com a endocrinologista Glaucia Duarte, o tratamento com medicamentos específicos, como Tapazol ou Propiltiouracil, que reduzem a função tireoidiana e controlam a produção hormonal pela tireoide, é o mais comum. Esses dois medicamentos são administrados pela via oral, e devem ser receitados por um médico.
Outro tratamento bastante comum é com iodo radioativo, mais conhecido como radiodoterapia. Durante esse tratamento, a glândula tireoide absorve o iodo da circulação e quando ele penetra na glândula, começa a destruí-la lentamente. Esse processo pode durar meses, mas tem efeito definitivo.
Nos casos em que a glândula foi afetada por um tumor, existe a opção da cirurgia para a retirada da tireoide, após isso deve haver o tratamento com medicamentos para a reposição hormonal.
Do Aldeia Gaulesa
2 de set. de 2010
A Trama da Anorexia e Bulimia
Por Valéria Rocha*
De maneira mais aprofundada tratamos sobre a Compulsão alimentar, em outros dois artigos. Agradeço as manifestações de carinho, críticas pontuais, especialmente, refletidas por quem sofre desta doença. A intenção não foi um tratado entre profissionais, nem inventar a roda, mas contracenar diretamente com você que convive com o vazio compreendido como ânsia de comer, sendo talvez, o único recurso viável para aplacar a dor existencial.
Estes sintomas não são diferentes na bulimia e na anorexia, ambos destoam à imagem corporal refletindo desejos e fantasias em torno do mandamento da beleza e ao culto do corpo perfeito, muitas vezes, inatingíveis. Pode-se dizer que a obesidade ou o medo de engordar contribui para o aumento dos transtornos alimentares e neste artigo trataremos da bulimia e anorexia.
A anorexia é definida como severa perturbação alimentar, pois há recusa em ingerir alimentos mantendo a massa corporal bem abaixo do valor do IMC, ocasionando desnutrição, adoecimento e até a morte, por isso, serão precisos intensas avaliações das condições atuais de saúde e monitoração do peso. É mais comum entre mulheres na idade de 10 e 25 anos. Alguns teóricos afirmam que está ligada a sexualidade, pois num estado avançado o corpo perde os contornos femininos até a cessação da menstruação. Faz sentido, pois seus corpos padecem de feminilidade, aparentam “eternas” crianças, desapropriadas de sensualidade e fechadas, na maioria das vezes, no seu mundo interior, onde a família e os profissionais precisam de muito cuidado e compreensão para interagir e iniciar o processo de ajuda.
Na bulimia, há ingestão exagerada de comida, o parâmetro não é a fome, mas a necessidade de ingerir quantidades excessivas de alimentos, na maioria das vezes às escondidas, para evitar críticas e manter a compulsão em segredo. Enquanto o problema vai sendo jogado para debaixo do tapete, a pessoa com bulimia sofre com a sensação de falta de controle e impotência aumentando a repulsa por si, depressão e culpa. Este comportamento inicia a partir dos 18 anos até a fase adulta, mas são dados controversos, pois na medida em que aumentam os apelos, a idade também diminui.
Uma característica muito peculiar na bulimia são os comportamentos compensatórios, como fazer uso de métodos de purgação como laxantes, diuréticos, vômitos e atividades físicas extenuantes para eliminar o peso ou até gramas que julgar acrescentadas. O risco de morte é raro na bulimia, porém, a médio e longo prazo a indução do vômito pode provocar dentes e ossos frágeis, dores abdominais – esôfago e estômago, vasos dilatados na pele do rosto, dores musculares e desequilíbrio no balanço dos eletrólitos no sangue gerando problemas no coração. Não é rara a pessoa com bulimia alternar com o comportamento anoréxico. Neste sentido, dizemos que há tipos específicos, algumas pessoas com anorexia se valem de comportamentos purgativos quando são “obrigados” a comer e pessoas com bulimia fazem jejum ou exercícios exageradamente.
A marca desses distúrbios é o exagero que vem de dentro e é fomentado com os ideais de fora, para as pessoas com anorexia há o medo real de engordar, porque sua visão interna e o espelho que enxergam não vê com profundidade o baixo peso, por isso, não percebem o corpo como é na realidade. Negam as evidências e o tratamento perdura pela insistência da família e cedem até alcançar algumas gramas extras.
Na bulimia, também cabe ressaltar, que não adianta mostrar o quanto o comportamento é prejudicial à saúde, pois a sua auto-avaliação é medida pelo medo de engordar, então, se houver ganho de peso tendem a burlar o tratamento. Porém, aderem com mais freqüência, especialmente, quando percebem a falta de controle e os mecanismos por detrás do ato de comer compulsivamente.
Até aqui foram expostos a problemática em si e quem sofre desses transtornos, provavelmente, convive com todos os dissabores, se identifica, quer ajuda, mas se pergunta por onde começar.
É contraditório afirmar que os transtornos alimentares estão na ordem de epidemia mundial, particularmente fico de mãos atadas quando preciso encaminhar uma pessoa com bulimia, anorexia e obesidade. Há poucos centros especializados, os existentes são incompatíveis com horário e localidade e para quem pode pagar, os preços não são muito convidativos, sem contar com a questionável formação do profissional nesta área. Então, me pergunto o assunto somente é pertinente quando há mortes envolvendo modelos ou personalidades públicas?
Embora a auto-imagem seja irreal, o sofrimento é real, por isso, é inadmissível aceitar que o nosso dinheiro público não seja investido em saúde pública preventiva, mas em pesquisas que visam promover as indústrias farmacêuticas, da moda e dietéticas.
Enquanto as políticas públicas de saúde usam mal o nosso dinheiro ou ignoram esses dados alarmantes, a pessoa com bulimia e anorexia precisará assumir a responsabilidade, o autocuidado, uma boa dose de consciência e (re) descobrir novas estratégias aprendendo a modificar a percepção cognitiva da sua auto-imagem na perspectiva corporal do seu peso, sobrepeso e o medo de engordar.
Para esclarecer melhor, a cognição é um termo amplo que absorvermos ao longo da nossa existência. O cérebro capta informações pelos cinco sentidos, são conhecimentos, imagens, cheiros, paladar, linguagem processadas e traduzidas na maneira como enxergamos o mundo ao nosso redor. Esta percepção é fundamental para aprendermos a lidar com os mecanismos afetivos, emocionais e com nossos sentimentos. É o que nos faz sentirmos tristes, ansiosos, felizes, assustados, cansados, com fome, sede, sonolentos, motivados ou desanimados.
Neste caso, não haverá crescimento sem mexermos neste repertório, na bulimia podemos modificar os pensamentos disfuncionais em funcionais, como por exemplo, diferenciar a fome física do desejo de comer quando se percebe ansiedade, tristeza, vazio ou a comida como redutor de conflitos pessoais. Na anorexia, podemos mudar atitudes infantis com a vida, rompendo a necessidade de sermos alimentadas (mesmo que isso aconteça por meio de sonda hospitalar) ou enfrentando os receios de uma vida independente, mas nutridas com o próprio amor e valor como pessoa.
Também é importante mudar o repertório de comportamentos ambientais diminuindo, por exemplo, a exposição de situações que incentivem a compulsão. Mas, não é tão simples assim, se pode evitar festas e reuniões familiares, mas é só ligar a tevê que há inúmeras propagandas de alimentos calóricos, contradizendo com a venda de adoçantes, shakes emagrecedores e medicações milagrosas. Contudo, questionando os estereótipos vigentes e elaborando uma imagem condizente com o biótipo real, recria-se o que somos do que suplantaram em nós.
No campo emocional podemos explorar a capacidade de expressar os sentimentos. A bulimia é marcada pela ingestão excessiva de comida, geralmente às escondidas, então, nada melhor do que abrir as comportas verbais expressando todos os sentimentos reprimidos, colocando cada um no seu devido lugar e impondo limites nas relações interpessoais abusivas.
Em todos esses transtornos vejo o quão doloroso é perceber uma auto-imagem distorcida, pois nada que dizem aplaca o desejo de ser ou estar magra, mesmo que isso lhe custe à vida e uma autoestima fragmentada pela falta de autocontrole, culpa e vazio. Mas, em qualquer tipo de tratamento multiprofissional, não podemos correr o risco de discursar sobre esses males sem oferecer novas fontes de prazer.
Ora, alguém aqui padece desses transtornos porque gosta de sofrer? De jeito nenhum. Mas abrindo mão deste prazer haverá um lugar vago deixado, desapropriado pelo poder do controle – de comer ou jejuar, ludibriar a fome até os últimos extremos sem que nenhum profissional ou familiar tenha acesso.
Será que nós profissionais temos o que oferecer ou substituir? Sim e não. Os profissionais, especificamente o psicólogo, é capacitado a auxiliar e oferecer suporte no processo de autoconhecimento e autocuidado, como diz o ditado chinês “ dá-lhe uma vara e ensina-lhe a pescar”, porém, o compromisso com a cura e a busca de novas fontes de prazer dependerá da disposição individual.
Você, está disposta a descobrir novas formas de prazer?
Referências:
SADOCK & Kaplan, Compêndio de Psiquiatria - Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica, 9 edição, pg. 788, Ed. Artmed, 2007.
Revista Viver Psicologia, ano X, nº 105, pg 24, Ed. Segmento, 2002.
* Valéria Rocha (visite seu blog aqui )
Psicoterapeuta Existencial especialista em Psicoterapia Fenomenólogico-Existencial, pelo Centro de Psicoterapia Existencial
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