8 de jun. de 2011

Para ativistas, Casa Civil terá perfil de conciliação com uma mulher no cargo

A nova-ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman oferecerá perfil conciliador à pasta, dizem ativistas (Foto: Renato Araújo/Abr)

São Paulo - No segundo cargo mais importante do Executivo federal, Gleisi Hoffman, que assumiu nesta quarta-feira (8) a chefia da Casa Civil, deve garantir um perfil conciliatório ao ministério. Para ativistas de movimentos feministas, por ser mulher, ela tem ainda mais aguçada essa característica de articulação, de ouvir e de combinar interesses, qualidades indispensáveis em um ministro de Estado.

Rachel Moreno, do Observatório da Mulher, destaca o poder de articulação e sabedoria que a Casa Civil demanda de quem a comanda. "Ela (Gleisi) tem um início parecido com o de Dilma em termos de perfil técnico, de uma boa administração. É o segundo cargo mais importante do governo, então além de tomar conhecimento e ter controle de todos os programas do governo que estão sendo executados, ela terá que, eventualmente, fazer um trabalho de costura entre políticos e lideranças. E aí entra o perfil feminino", pontua Moreno.

Para Jacira de Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão, Gleisi Hoffmann tem uma trajetória que alia conhecimento e experiência em gestão, que forma, com Dilma, a dupla mais importante do governo. "Vale ressaltar a visão política e a sensibilidade da nova ministra com relação aos direitos das mulheres", destacou Jacira.

A senadora  Marta Suplicy escreveu em seu Twitter que lamenta a saída de Antonio Palocci, mas, ao mesmo tempo, comemora que sua substituta seja uma senadora "competente e amiga" como Gleisi.

A ministra-chefe da Casa Civil torna-se a décima mulher a ocupar uma cadeira na Esplanada dos Ministérios. Ela estará entre 26 ministros homens, entre os quais seu marido Paulo Bernardo, titular  das Comunicações.

Da Rede Brasil Atual - 08.06.2011

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