O setor de comércio, com 49.597 vagas, foi um dos que evitaram um pior desempenho (Foto: Alf Ribeiro/Folhapress) |
São Paulo – O
mercado formal de trabalho no Brasil criou 66.988 empregos em
outubro, menor saldo para o mês desde 2008 (61.401), primeiro ano da
crise financeira internacional. No ano, o total de vagas com carteira
assinada chega a 1.688.845, crescimento de 4,46% no estoque. Os
resultados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) e foram divulgados hoje (23) à tarde pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. Foi a terceira vez, nos últimos dez anos, que o
saldo fica abaixo de 100 mil – além de 2008 e deste ano, em outubro de
2003 foram abertos 70.870 postos de trabalho.
Apenas em outubro, foram feitas 1.710.580 contratações formais e
1.643.592 demissões. "O resultado mantém a tendência de
expansão do emprego, ainda que em ritmo menor de crescimento", diz o
MTE. Criaram vagas a indústria de transformação (17.520), o comércio
(49.597) e o setor de serviços (32.724). Fecharam postos de trabalho a
construção civil (-8.290), a administração pública (-3.521) e a
agropecuária (-20.153).
No resultado anual, todos os setores têm resultado positivo: em
números absolutos, o destaque fica com os serviços, com 719.368,
expansão de 4,67%. A maior alta percentual é da construção civil: 9,42%,
o correspondente a 272.180 empregos a mais. A indústria abriu 280.919
vagas (3,44%), o comércio criou 239.860 (2,82%) e a agropecuária,
118.855 (7,62%). A administração pública tem saldo de 32.089
(crescimento de 4,02%), e o setor extrativo-mineral, de 12.704 (6,14%).
Em 12 meses, o emprego formal cresce 3,55%, com acréscimo de
1.358.216 vagas. Com os resultados obtidos até agora, o ano não deverá
atingir estimativa do governo de saldo aproximado de 1,5 milhão de
postos de trabalho com carteira assinada. Em novembro, costuma haver
pequena criação de vagas, enquanto em dezembro tradicionalmente o
mercado corta grande número de empregos.
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