45 MOTIVOS PARA NÃO VOTAR EM TUCANOS E
BANDIDOS SEMELHANTES COMO OS DO PFL
Analisem - Você tem boa memória?
Se você já esqueceu, lembramos aqui 45 fatos, sendo que todos eles envolvendo
casos de corrupção, que aconteceram no país nos oito anos de FHC.
O BRASIL NÃO ESQUECERÁ
45 escândalos que marcaram o governo FHC com apoio do PSDB
ITINERÁRIO DE UM DESASTRE
Nenhum governo teve mídia tão favorável quanto o de FHC, o
que não deixa de ser surpreendente, visto que em seus dois mandatos ele
realizou uma extraordinária obra de demolição, de fazer inveja a Átila e
a Gêngis Khan. Vale a pena relembrar algumas das passagens de um governo
que deixaou uma pesada herança para seu sucessor.
1994 e 1998. O dinheiro secreto das campanhas: Denúncias
que não puderam ser apuradas graças à providenciais operações abafa
apontaram que tanto em 1994 como em 1998 as campanhas de Fernando Henrique
Cardoso foram abastecidas por um caudaloso esquema de caixa-dois. Em 1994,
pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue
ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
A taxa
média de crescimento da economia brasileira, ao longo da década
tucana, foi a pior da história, em torno de 2,4%. Pior até mesmo que a taxa média da
chamada década perdida, os anos 80, que girou em torno de 3,2%. No período,
o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi liquidado na
bacia das almas. No discurso, essa operação serviria para reduzir a dívida
pública e para atrair capitais. Na prática assistimos a um crescimento
exponencial da dívida pública. A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões
para impensáveis R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa teve seu valor
dobrado.
Enquanto isso, o esperado afluxo de capitais não se
verificou. Pelo contrário, o que vimos no setor elétrico foi exemplar. Uma
parceria entre as elétricas privatizadas e o governo gerou uma aguda crise
no setor, provocando um longo racionamento. Para compensar o prejuízo que
sua imprevidência deu ao povo, o governo FHC premiou as elétricas
com sobretaxas e um esdrúxulo programa de energia emergencial. Ou seja, os
capitais internacionais não vieram e a incompetência das privatizadas está
sendo financiada pelo povo.
O texto que segue é um itinerário, em 45 pontos, das ações
e omissões levadas a efeito pelo governo FHC e de relatos sobre tentativas
fracassadas de impor medidas do receituário neoliberal. Em alguns casos, a
oposição, aproveitando-se de rachas na base governista ou recorrendo aos
tribunais, bloqueou iniciativas que teriam causado ainda mais dano aos
interesses do povo.
Essa recompilação serve como ajuda à memória e antídoto contra a amnésia.
Mostra que a obra de destruição realizada por FHC não pode ser fruto do
acaso. Ela só pode ser fruto de um planejamento meticuloso.
1995. Extinção da Comissão Especial de Investigação.
Assim que assumiu a presidência da república, em 1995, Fernando Henrique
Cardoso baixou um decreto extinguindo a chamada Comissão Especial de
Investigação, instituída pelo antecessor, presidente Itamar Franco,
que, composta por representantes da sociedade civil, tinha o objetivo
combater a corrupção. Seis anos mais tarde, em 2001, fustigado pela ameaça
de uma CPI da Corrupção, o presidente Cardoso conseguiu desviar a atenção
da sociedade criando uma tal Controladoria-Geral da União, que se
notabilizou por abafar as denúncias que motivaram sua criação.
45 escândalos que marcaram o governo FHC
1 - Conivência com a corrupção
O governo do PSDB tem sido conivente com a corrupção. Um
dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi
extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída
no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil,
que tinha como objetivo
combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da
Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se
especializou em abafar denúncias.
1995. Quebra do monopólio da PETROBRÁS. Pouco se lixando
para a crescente importância estratégica do petróleo, Fernando Henrique
Cardoso usou seus rolo compressor para forçar o Congresso Nacional a
quebrar o monopólio estatal do petróleo, instituído há 42 anos. Na
comemoração, Cardoso festejou dizendo que essa era apenas mais uma das
"reformas" que o país precisava fazer para se modernizar.
2 - O escândalo do Sivam
O contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por
escândalos. A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e
responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a
Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador
Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro
Gandra.
3 - A farra do Proer
1995. O inesquecível PROER: Em 1995 o ex-presidente
Cardoso deu uma amostra pública do seu compromisso com o capital financeiro
e, na calada de uma madrugada de um sábado em novembro de 1995, assinou uma
medida provisória instituindo o PROER, um programa de salvação dos bancos
que injetou 1% do PIB no sistema financeiro – um dinheiro que deixou o
sofrido Tesouro Nacional para abastecer cofres privados, começando pelo
Banco Nacional, então pertencente a família Magalhães Pinto, da qual um
de seus filhos era agregado. Segundo os ex-presidentes do Banco Central,
Gustavo Loyola e Gustavo Franco, a salvação dos bancos engoliu 3% do PIB,
um percentual que, segundo economistas da Cepal, chegou a 12,3%.
O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do
governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao
Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo
Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal,
os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a
recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos
estaduais.
4 - Caixa-dois de campanhas
As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado
de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não
apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado
pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.
1996. Engavetamento da CPI dos Bancos. Disposto a controlar
a crise aberta pelas suspeitas sobre o sistema financeiro, o presidente
Fernando Henrique Cardoso ameaçou e "convenceu" as lideranças
do Senado a engavetar os requerimentos para instalação de uma CPI sobre
os bancos. Em compensação, o ministério da Fazenda se comprometeu (e
nunca cumpriu) a prestar contas ao Senado sobre o PROER. Decepcionada, a
CNBB distribuiu nota dizendo não ser justo "que se roube o pouco
dinheiro de aposentados e trabalhadores para injetar no sistema
financeiro, salvando quem já está salvo ou já acumulou riquezas através
da fraude e do roubo".
5 - Propina na privatização
A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce
foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de
campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional
do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter
apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin
Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na
montagem do consórcio Telemar.
1996. Modificação na lei de Patentes. Cedeu em tudo que
os EUA queriam e, desdenhando às súplicas da SBPC e universidades,
Fernando Henrique Cardoso acionou o rolo compressor no Congresso e alterou
a Lei de Patentes, dando-lhe um caráter entreguista e comprometendo o
avanço científico e tecnológico do país.
6 - A emenda da reeleição
O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços
altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia,
do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os
deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três
deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila
Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.
1996. Escândalo do SIVAM | : O projeto SIVAM foi associado
a um superescândalo que redundou na contratação da empresa
norte-americana Raytheon, depois da desqualificação da brasileira Esca
(uma empresa que acomodava "amigos dos amigos" e foi extinta por
fraudes contra a Previdência). Significativamente, a Raytheon encomendou
o gerenciamento do projeto à E-Systems – conhecido braço da CIA. Até
chegar a Raytheon, o mondé foi grande. Conversas gravadas apontavam para
o Planalto e, preferindo perder os anéis para não perder os dedos,
Cardoso demitiu o brigadeiro Mauro Gandra do ministério da aeronáutica e
o embaixador Júlio César dos Santos da chefia do seu cerimonial. Depois,
como prêmio pela firmeza como guardou o omertá, Júlio César foi
nomeado embaixador do país no México.
7 - Grampos telefônicos
Conversas gravadas de forma ilegal foram um capítulo à
parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos
no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então
ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do
BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco
Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo
de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história,
autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários
do Banco do Brasil
.
1997. A emenda da reeleição: O instituto da reeleição
foi comprado pelo presidente Cardoso a um preço estratosférico para o
tesouro nacional. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago
e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do
projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos
mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido,
Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.
8 - TRT paulista
A construção da sede do TRT paulista representou um desvio
de R$ 169 milhões aos cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu
para levar o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a
cadeia e para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos
principais envolvidos no caso.
Subserviência internacional: Um único exemplo: ao visitar
a embaixada norte-americana, em Brasília, para apresentar a solidariedade
do povo brasileiro aos EUA por ocasião dos atentados de 11 de setembro de
2001, Cardoso e seu ministro do exterior, Celso Lafer, levaram um chá de
cadeira de 40 minutos e só foram recebidos após passarem por uma revista
que lhes fez até tirar os sapatos.
9 - Os ralos do DNER
O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC.
Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de
precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos.
Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios
para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto
pelo governo.
1998. O escândalo da privatização (1): A privatização
do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. O
ex-caixa de campanha de Fernando Henrique Cardoso e de José Serra, um tal
Ricardo Sérgio de Oliveira, que depois foi agraciado com a diretoria da
Área Internacional do Banco do Brasil, não conseguiu se defender das
acusações de pedir propinas para beneficiar grupos interessados no
programa de privatização. O mala-preta de Cardoso teria pedido R$ 15
milhões a Benjamin Steinbruch para conseguir o apoio financeiro de fundos
de pensão para a formação de um consórcio para arrematar a cia. Vale
do Rio Doce e R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio
Telemar.
10 - O "caladão"
O Brasil calou no início de julho de 1999 quando o governo
FHC implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD).Uma
panegeral deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos no
sistemahaviam sido recém-privatizadas. O "caladão" provocou
prejuízo aos consumidores,às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo
por isso mesmo.
1998. O escândalo da privatização (2): Grampos
instalados no BNDES pescaram conversas entre Luiz Carlos Mendonça de
Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então
presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio
do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio
Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende, nos leilões que se
seguiram ao esquartejamento da TELEBRÁS. O grampo detectou a voz do
ex-presidente Cardoso autorizando o uso de seu nome para pressionar o
fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.
11 -Desvalorização do real
FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou
eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até
passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios
de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio
Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram
muito com a mudança cambial
e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas
do anúncio das medidas.
1999. O caso Marka/FonteCindam: Durante a desvalorização
do real, em janeiro de 1999, os bancos Marka e FonteCindam foram
graciosamente socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão, sob o
pretexto de que sua quebra criaria um "risco sistêmico" para a
economia. Enquanto isso, faltava dinheiro para saúde, educação,
desenvolvimento científico e tecnológico
12 - O caso Marka/FonteCindam
Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e
FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O
pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a
economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola,
ex-dono do
Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de
tempo.
Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.
2000. O fiasco dos 500 anos: O Brasil completou seu 500º
aniversário sem uma festa decente. Em nome da contenção de gastos
determinado pelo FMI, Cardoso proibiu as comemorações, que ficaram
reduzidas às armações do então ministro do Esporte e Turismo, Rafael
Greca. O fiasco foi total. Índios e sem-terra foram agredidos pela polícia
porque tentaram festejar a data em Porto Seguro. De concreto mesmo, ficou
uma caravela que passou mais tempo viajando do Rio de Janeiro até a Bahia
do que a nau que trouxe Pedro Álvares Cabral de Portugal até o Brasil em
1500 e um stand superfaturado na Feira de Hannover. A caravela deve estar
encostada em algum lugar por aí e Paulo Henrique Cardoso, filho do
presidente, está respondendo inquérito pelo superfaturamento da construção
do stand da Feira de Hannover.
13 - Base de Alcântara
O governo FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos Estados
Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos
do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de depósitos
de material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O
acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo determina
ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante disso,
o PT apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de Relações
Exteriores da Câmara.
2001. Racionamento de energia: A imprevidência do governo
Cardoso, completamente submisso às exigências do FMI, suspendeu os
investimentos na produção de energia e o resultado foi o apagão no
setor elétrico. O povo atendeu a campanha de economizar energia e, como
"prêmio", teve as tarifas aumentadas para compensar as perdas
de faturamento das multinacionais que compraram as distribuidoras de
energia nos leilões de desnacionalização do setor. Uma medida provisória
do governo Cardoso transferiu o prejuízo das distribuidoras para os
consumidores, que lhes repassaram R$ 22,5 bilhões.
14 - Biopirataria oficial
Antigamente, os exploradores levavam nosso ouro e pedras
preciosas. Hoje, levam nosso patrimônio genético. O governo FHC teve de
rever o contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que
possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos
diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares.
Sem direito ao recebimento de royalties. Como um único fungo pode render
bilhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos, o contrato não fazia
sentido. Apenas oficializava a biopirataria.
2001. Acordo de Alcântara: Em abril de 2001, à revelia
do Congresso Nacional, o governo Cardoso assinou um "acordo de cooperação
internacional" que, na prática, transfere o Centro de Lançamento de
Alcântara para os EUA. O acordo ainda não foi homologado pelo Congresso
graças à resistência da sociedade civil organizada.
Acordos com FMI: Em seus oito anos de mandato, Fernando Henrique Cardoso
enterrou a economia do país. Para honrar os compromissos financeiros,
precisou fazer três acordos com o FMI, hipotecando o futuro aos banqueiros.
Por trás de cada um desses acordos, compromissos que, na prática,
transferiram parte da administração pública federal para o FMI. Como
resultado, o desemprego, o arrocho salarial, a contenção dos investimentos
públicos, o sucateamento da educação e saúde, a crise social, a explosão
da criminalidade.
15 - O fiasco dos 500 anos
As festividades dos 500 anos de descobrimento do
Brasil, sob
coordenação do ex-ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca
(PFL-PR), se transformaram
num fiasco monumental. Índios e sem-terra apanharam da polícia
quando
tentaram entrar em Porto Seguro (BA), palco das comemorações. O
filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos denunciados pelo
Ministério Público
de participação no epísódio de superfaturamento da construção do
estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.
Planalto, TRT de São Paulo e cercanias: O famoso Eduardo
Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, um dos mais eficazes
"gerentes financeiros" da campanha de reeleição de Fernando
Henrique Cardoso, se empenhou vivamente no esquema de liberação de verbas
para o TRT paulista. As maus línguas ainda falam em superfaturamento no
Serpro, lobby para empresas de informática, ajuda irregular à Encol e
manipulação de recursos dos fundos de pensão na festa das privatizações.
16 - Eduardo Jorge, um personagem suspeito
Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência,
é um
dos personagens mais sombrios que freqüentou o Palácio do Planalto na era
FHC. Suspeita-se que ele tenha se envolvido no esquema de liberação de
verbas para o TRT paulista e em superfaturamento no Serpro, de montar o
caixa-dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby para empresas de
informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações.
Também teria tentado impedir a falência da Encol.
Autoritarismo: Passando por cima do Congresso Nacional,
Fernando Henrique Cardoso burlou o espírito da constituição e administrou
o país com base em medidas provisórias, editadas e reeditadas
sucessivamente. Enquanto os presidentes José Sarney e Fernando Collor,
juntos, editaram e reeditaram 298 MP’s, Cardoso exerceu o poder de forma
autoritária, editando mais de 6.000 medidas provisórias.
17 - Drible na reforma tributária
O PT participou de um acordo, do qual faziam parte todas as
bancadas com representação no Congresso Nacional, em torno de uma reforma
tributária destinada a tornar o sistema mais justo, progressivo e simples.
A bancada petista apoiou o substitutivo do relator do projeto na Comissão
Especial de Reforma Tributária, deputado Mussa Demes (PFL-PI). Mas o
ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do Planalto impediram a
tramitação.
O escândalo dos computadores: A idéia de equipar as
escolas públicas com 290 mil computadores se transformou numa grande
negociata com a completa ignorância da Lei de Licitações. Não
satisfeito, o governo Cardoso fez mega-contrato com a Microsoft para adoção
do sistema Windows, uma manobra que daria a Bill Gates o monopólio do
sistema operacional das máquinas. A Justiça e o Tribunal de Contas da União
suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.
18 - Rombo transamazônico na Sudam
O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na
Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de
1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos
na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) a
renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na
Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso
resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de inconstitucionalidade
no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.
Mudanças na CLT: Fernando Henrique Cardoso usou seu rolo
compressor na antiga Câmara dos Deputados para aprovar um projeto que
"flexibiliza" a CLT, ameaçando direitos consagrados como férias,
décimo terceiro salário e licença maternidade. Graças à pressão da
sociedade civil o projeto estancou no senado.
19 - Os desvios na Sudene
Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude
consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os
recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram
aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. O PT também
questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.
Explosão da dívida pública: Quando Cardoso assumiu a
presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e
externa era de R$ 153,4 bilhões. Outro dia, em abril de 2002, essa dívida
já era de R$ 684,6 bilhões. Hoje, a dívida alcança 61% do PIB.
20 - Calote no Fundef
O governo FHC desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002,
o valor mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries
e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da
educação especial. Mas os valoresestabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e
R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados mais pobres soma R$ 11,1
bilhões desde 1998.
Violação aos direitos humanos: Exemplo: em 1996, o
Brasil ganhou as manchetes mundiais pelo chamado "Massacre Eldorado do
Carajás", no qual 19 sem-terra foram assassinados no sul do Pará.
21 - Abuso de MPs
Enquanto senador, FHC combatia com veemência o abuso nas edições
e reedições de Medidas Provisórias por parte José Sarney e Fernando
Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC
cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou, em seus dois mandatos,
5.491medidas
.
Explosão da violência:Fernando Henrique Cardoso
transformou o Brasil num país super violento. Na última década, o número
de assassinatos subiu quase 50%. Pesquisa feita pela Unesco em 60 nações
colocou o Brasil no 3º lugar no ranking dos países mais violentos. Ao
final do mandato do presidente Cardoso, cerca de 45 mil pessoas são
assassinadas anualmente no Brasil.
22 - Acidentes na Petrobras
Por problemas de gestão e falta de investimentos, a
Petrobras
protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram
notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores
desastres ambientais ocorridos no País nos últimos anos. Provocou, entre
outros, um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no
Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36,
afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A
Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas
plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.
Renda em queda e desemprego em alta: A Era FHC foi marcada
pelos altos índices de desemprego e baixos salários.
23 - Apoio a Fujimori
O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do
corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à
democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na
cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do
Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa
atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião
(PMDB-PR) e cassou a homenagem.
Desenvolvimento Humano. Segundo o Human Development Report
2001 (ONU), o Brasil ficou na 69ª posição, atrás de países como Eslovênia
(29º posição), Argentina (34º posição), Uruguai (37º posição),
Kuwait (43º posição), Estônia (44º posição), Venezuela (61º posição)
e Colômbia (62º posição).
24 -Desmatamento na Amazônia
Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente no País. As mudanças
na legislação ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao
cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de
madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes
Ambientais foi modificada para pior.
25 – Os computadores do FUST
A idéia de equipar todas as escolas públicas de ensino médio
com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata. Os recursos
para a compra viriam do Fundo de Universalização das Telecomunicações, o
Fust. Mas o governo ignorou a Lei de Licitações, a8.666. Além disso, fez
megacontrato com a Microsoft, que teria, com o Windows, o monopólio do
sistema operacional das máquinas, quando há softwares que poderiam ser
usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de Contas da União
suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.
26 - Arapongagem
O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para
vasculhar a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa
máquina de destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo
SNI ou por empresas de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos
sem-terra à propriedade do presidente em Buritis, em março deste ano, e o
governo nada fez para evitar a operação. Eles foram responsáveis também
pela espionagem contra Roseana Sarney.
27 - O esquema do FAT
A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente
do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o
presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do
dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores do
Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de formação
profissional ocorreram em 17 unidades da federação e estão sob investigação
do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público.
28 - Mudanças na CLT
A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra
o voto da bancada do PT, projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos
consagrados dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença
maternidade. O projeto esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No
Senado, o governo FHC não teve forças para levar adiante essa medida
anti-social.
29 - Obras irregulares
Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em
2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de
irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o
extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica
de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares.
Consumiu o dobro
.
30 - Explosão da dívida pública
Quando FHC assumiu a Presidência da República, em janeiro
de 1995, a dívida pública interna e externa somava R$ 153,4 bilhões.
Entretanto, a política de juros altos de seu governo, que pratica as
maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para R$ 684,6 bilhões em
abril de 2002, um aumento de 346%. A dívida já equivalia em 2001,
preocupantes 54,5% do PIB.
31 - Avanço da dengue
A omissão do Ministério da Saúde é apontada como
principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ex-ministro José
Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do
mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões
em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à
dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio registrou
207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.
32 – Verbas do BNDES
Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o
governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para
socorrer empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. Quem
mais levou dinheiro do banco público que deveria financiar o
desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles e as empresas
de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das diversas
operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25% do
controle acionário da empresa.
33 - Crescimento pífio do PIB
Na "Era FHC", a média anual de crescimento da
economia brasileira estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos
que o País necessita e de impulsionar o setor produtivo. Um dos fatores
responsáveis por essa quase estagnação é o elevado déficit em
conta-corrente, de 23 bilhões de dólares no acumulado dos últimos 12
meses. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir
em seu desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de
recursos externos, pelos quais paga cada vez mais caro.
34 – Renúncias no Senado
A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães
(PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do
Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do
governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico
do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão
(PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José
Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com
apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar
ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de
desvio de verbas da Sudam.
35 - Racionamento de energia
A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico
gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de
energia. Mesmo assim foi punido. Para compensar supostos prejuízos das
empresas, o governo baixou Medida Provisória transferindo a conta do
racionamento aos consumidores, que são obrigados a pagar duas novas tarifas
em
sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas soma R$ 22,5 bilhões.
36- Assalto ao bolso do consumidor
FHC quer que o seu governo seja lembrado como aquele que deu
proteção social ao povo brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação
das tarifas públicas bem acima da inflação. Desde o início do plano real
até agora, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado acima de 580%.
Os planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha 390%, os combustíveis
165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste período, a inflação
acumulada ficou em 80%.
37 – Explosão da violência
O Brasil é um país cada vez mais violento. E as vítimas,
na maioria dos casos, são os jovens. Na última década, o número de
assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A Unesco coloca o País em
terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60 nações pesquisadas.
A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população geral, cresceu
29%. Cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente. FHC pouco ou nada
fez para dar mais segurança aos brasileiros.
38 – A falácia da Reforma agrária
O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial,
espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado. Os números
estavam inflados. O governo considerou assentadas famílias que haviam
apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no
papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.
39 - Subserviência internacional
A timidez marcou a política de comércio exterior do governo
FHC. Num gesto unilateral, os Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro.
O governo do PSDB foi acanhado nos protestos e hesitou em recorrer à OMC.
Por iniciativa do PT, a Câmara aprovou moção de repúdio às barreiras
protecionistas. A subserviência é tanta que em visita aos EUA, no início
deste ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três
vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de aeroportos.
40 – Renda em queda e desemprego em alta
Para o emprego e a renda do trabalhador, a Era FHC pode ser
considerada perdida. O governo tucano fez o desemprego bater recordes no País.
Na região metropolitana de São Paulo, o índice de desemprego chegou a
20,4% em abril, o que significa que 1,9 milhão de pessoas estão sem
trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das condições de
trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos últimos três
anos.
41 - Relações perigosas
Diga-me com quem andas e te direi quem és. Esse ditado
revela um pouco as relações suspeitas do presidenciável tucano José
Serra com três figuras que estiveram na berlinda nos últimos dias. O
economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de
FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do
Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização.
Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin
Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do
Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para
a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir
Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de
Serra em empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação
irregular realizada por Ricardo Sérgio para repatriar US$ 3 milhões
depositados em bancos nas Ilhas Cayman - paraíso fiscal do Caribe.
42 –Violação aos direitos humanos
Massacres como o de Eldorado do Carajás, no sul do Pará,
onde 19 sem-terra foram assassinados pela polícia militar do governo do
PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia Internacional, que
recentemente denunciou o governo FHC de violação aos direitos humanos. A
Anistia critica a impunidade e denuncia que polícias e esquadrões da morte
vinculados a forças de segurança cometeram numerosos homicídios de civis,
inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade afirma ainda que as
práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e maus-tratos prevalecem
nas prisões.
43 –Correção da tabela do IR
Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela
do Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do
imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e não
tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a tabela
em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e após aprovação
de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o projeto e
editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora aprovado
pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de outros
tributos.
44 – Intervençãona Previ
FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo
de
2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários
do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em
dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três
eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu
a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da
intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que
ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o processo de privatização,
trava queda-de-braço com a Previ para continuar dando as cartas na Brasil
Telecom e outras empresas nas quais são sócios.
45 – Barbeiragens do Banco Central
O Banco Central – e não o crescimento de Lula nas
pesquisas – foi naquele ano o principal causador de turbulências no mercado
financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o ajuste nas regras dos
fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em
polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida
pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra
desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões
para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos
primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com
os especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não
vacilou em jogar a culpa no PT e nas eleições.
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