Ativistas exigem igualdade de direitos e rechaçam investidas moralistas no debate, como ocorreu na última eleição presidencial
Por André Rossi - SPressoSP
Movimento LGBT rechaça influência das igrejas na agenda política das próximas eleições de São Paulo |
Nas últimas eleições presidenciais – mais precisamente no segundo
turno –, as alas conservadoras de igrejas evangélicas e da igreja
católica conseguiram pautar boa parte do debate político, buscando
resumir a disputa a questões morais. Alguns episódios ainda estão na
memória do eleitorado, como a participação do pastor evangélico Silas
Malafaia no programa eleitoral de José Serra (PSDB) na TV e a distribuição de panfletos anti-Dilma
feita sob encomenda do bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini.
Como um dos protagonistas da campanha de 2010, José Serra, será
candidato a prefeito, fica a pergunta: os temas morais irão pautar
também as eleições municipais de São Paulo?
Segundo o sociólogo Rudá Ricci, a estratégia dos setores conservadores
de São Paulo nas eleições municipais vai certamente explorar a questão
da homossexualidade. “Esses setores seguem trabalhando em São Paulo para
identificar nos gays e lésbicas uma espécie de alvo preferencial para
concretizar sua pauta conservadora. Na linguagem deles, os homossexuais
são abomináveis, anti-naturais e não são a cara da cidade”, acredita.
“Vai haver uma polarização do debate. É mais fácil para os setores
tradicionais pegarem o grupo LGBT como alvo, pode ocorrer como nas
eleições de 2010, quando assistimos a uma verdadeira cruzada moral”,
completa.
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