Especialmente a economia verde opera o grande assalto ao último reduto da natureza: transformar em mercadoria e colocar preço àquilo que é comum, natural, vital e insubstituível para a vida
Por Leonardo Boff - Revista Fórum - 31.05.2012
O vazio básico do documento da ONU para a Rio+20 reside
numa completa ausência de uma nova narrativa ou de uma nova cosmologia
que poderia garantir a esperança de um "futuro que queremos” lema do
grande encontro. Assim como está, nega qualquer futuro promissor.
Para seus formuladores, o futuro depende da economia,
pouco importa o adjetivo que se lhe agregue: sustentável ou verde.
Especialmente a economia verde opera o grande assalto ao último reduto
da natureza: transformar em mercadoria e colocar preço àquilo que é
comum, natural, vital e insubstituível para a vida como a água, solos,
fertilidade, florestas, genes etc. O que pertence à vida é sagrado e não
pode ir para o mercado dos negócios. Mas está indo, sob o imperativo
categórico: apropria-te de tudo, faça comércio com tudo , especialmente
com a natureza e com seus bens e serviços.
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