Pré-candidato do PT, coordenador do movimento “Conversando com São
Paulo”, afirma que gestão Serra-Kassab é provinciana, não inova e só
apresenta projetos pontuais.
O pré-candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad, participou nesta
terça feira (8/5) de plenária sobre Educação, Inovação e Tecnologia, na
qual se comprometeu, caso eleito, a investir em tecnologias e em
projetos de educação capazes de gerar soluções inovadoras para os
problemas da cidade. “É impossível conceber o desenvolvimento do país
sem o desenvolvimento de grandes cidades, e é impossível conceber o
desenvolvimento de grandes cidades sem uma gestão pública inovadora”. A
plenária, parte do movimento “Conversando com São Paulo”, coordenado por
Haddad, teve a participação do neurocientista Miguel Nicolelis, do
sociólogo especialista em cultura digital Sérgio Amadeu e do deputado
federal Newton Lima, coordenador do setorial de Ciência e Tecnologia do
PT.
Haddad criticou a gestão Serra-Kassab na Prefeitura de São Paulo,
dizendo se tratar de uma gestão provinciana no âmbito da cultura e
tecnologia. “Nós não temos grandeza na solução dos nossos problemas.
Quando se pergunta o que eles fizeram em oito anos tem sempre uma
resposta de um programa pontual. Mas e estruturalmente? Eles não lidaram
estruturalmente com nenhum assunto. E São Paulo, por seu tamanho, exige
soluções estruturais”.
Inteligências disponíveis
“São Paulo tem muitas inteligências disponíveis, mas a Prefeitura não
cria um ambiente institucional que permita essa criatividade, que está
latente, e produzir soluções estruturais para a cidade”, disse Haddad.
Os demais integrantes da mesa defenderam que o futuro governo
paulistano deve ter uma abordagem diferente nas áreas de educação e
tecnologia. Para Sérgio Amadeu, as aulas atualmente oferecidas pelo
governo da cidade se concentram em ensinar o uso de softwares, quando
deveriam dar ferramentas para que os jovens desenvolvessem soluções e
tecnologias próprias. “O poder público dessa cidade não incentiva o
pessoal das tecnologias abertas, o pessoal da bicicleta, das tecnologias
de uso de energia reciclável, não incentiva nada disso. Nós precisamos
apostar na nossa criatividade.”
O neurocientista Miguel Nicolelis apontou a importância de políticas
de inovação e tecnologia para transformar a cidade em uma capital do
conhecimento. Para isso, segundo o cientista, é preciso investir nas
pessoas e ampliar o acesso à ciência por meio de laboratórios e museus
públicos. Nicolelis usou como exemplo sua experiência do Instituto
Internacional de Neurociências em Macaíba, cidade de 60 mil habitantes
próxima de Natal (RN). “Graças ao então ministro Fernando Haddad existe
um lugarzinho chamado Macaíba onde a ciência virou um agente de
transformação social. Nessa cidade, a ciência é feita por crianças que
saíram das condições mais difíceis de sobrevivÍ ncia e hoje registram
atividade de neurônio em um laboratório de ponta. E se é possível fazer
isso em Macaíba, é possível fazer isso na cidade de São Paulo”.
Newton Lima, ex-reitor da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)
e ex-prefeito da cidade, lembrou de parcerias entre a prefeitura e as
universidades (USP e UFSCar). “O resultado, depois de oito anos de
gestão, foram cerca de 200 projetos para a cidade, projetos da melhor
qualidade”, frisou.
PT do ABC - 09.05.12
Fonte: DM PT-SP
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