Haddad e Lula se encontram em São Paulo.
Prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, vai realizando gestão hiperativa; em menos
de três semanas no cargo, resgatou diálogo com pobres e classe média, embargou
uma obra rica, suspendeu contratos suspeitos, atacou as enchentes, articulou-se
com cidades vizinhas e abriu a delicada discussão sobre a renegociação das
dívidas municipais; além disso, recebeu seu maior aliado e deixou-se fotografar
ao lado dele; para alguns, essa lealdade é imperdoável.
Haddad e Lula se encontram em São Paulo. |
Do Sintonia Fina
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Articulação e planejamento para as eleições de 2014
O momento é esse, mostrar trabalho e conquistar a
elite que deixou de acreditar no PT. Quando converso com a população em
qualquer lugar, é assustador ouvir das pessoas, que dizem gostar do Serra e
seus aliados, sem esquecer o eleitor anti-petista conservador, também nas cidades do
Estado Paulista que aprecia os tucanos e Alckmin. Pedágio para ele não é
problema, mais o que divulgamos, todas as picaretagens, mazelas tucanas. Aqui Alckmin ganhou na
eleição.
A vitória maior do Haddad foi na Periferia paulistana, favorecida principalmente por uma militância aguerrida, declarado ao vivo pelo Prefeito. Ninguém sai de 3% para chegar a 51% do eleitorado, sem ser conhecido na cidade, apesar de seus inúmeros esforços como ex-Ministro da Educação num desempenho jamais visto na história brasileira pela inclusão da classe D e E às universidades.
A vitória maior do Haddad foi na Periferia paulistana, favorecida principalmente por uma militância aguerrida, declarado ao vivo pelo Prefeito. Ninguém sai de 3% para chegar a 51% do eleitorado, sem ser conhecido na cidade, apesar de seus inúmeros esforços como ex-Ministro da Educação num desempenho jamais visto na história brasileira pela inclusão da classe D e E às universidades.
A mídia e a direitona ocultaram os planos de Haddad para que não fosse percebido, depois sabotaram o Enem, prejudicaram a educação em todos os níveis promovendo a desqualificação das instituições públicas, bem como o quadro funcional, culpabilizando o seu governo no MEC e Lula, entre outras inúmeras questões. Muitos ainda desconhecem a gestão de Haddad como Ministro, isso é uma vergonha, principalmente para um professor que nem buscou informação a respeito, apenas visava salários e benefícios. Neste ponto a direita e a grande mídia se beneficiaram para elevar as disputas entre Serra e Russomano. Nas ruas e nas redes sociais a briga foi intensa. Militância e juventude buscavam incisivamente a atenção da sociedade para mostrar a face que a mídia escondia do Russomano.
A repulsa ao Russomano emergiu de um grito daqueles que lutam pela igualdade. A imprensa, maligna ou não, contribuiu à sua queda, a briga dos grandes envolvendo igrejas etc, Globo (que levantava o Serra da sua própria cova) x Record (Edir Macedo apoiando o Russomano no púlpito das igrejas) desestabilizou a imagem do então candidato 'evangélico' na eleição municipal paulistana, quando boa parte da população perdida sem acreditar no tucano Serra - ganhando o troféu de rejeição e político falido, já estava mais difamado e perdendo cada vez mais nas pesquisas, trouxe uma boa parcela para creditar o voto em Russomano.
Não dá para comparar com as demais cidades conservadoras do Estado. Ainda é cedo, e tem muito trabalho pela frente, Haddad começou muito bem, Lula se antecipa - visão estrategista. Agora, precisamos (nós, o povo) ganhar São Paulo, não vamos morrer governados pelos tucanos (17 anos em São Paulo). A inveja do FHC sobre o encontro de Haddad e Lula, aqui em São Paulo, foi motivo de se reunir com Arthur Virgilio no Amazonas, segundo internautas nas redes. E a sucessão de Dilma também é motivo para grande preocupação, pois o Brasil está forte, e precisa desta continuidade.
Por Márcia Brasil
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Leia também
Os insucessos tucanos pela cidade de São Paulo
Campanha tucana fracassa nas três grandes áreas de SP
Por José Roberto de Toledo - Estadão
A pesquisa Ibope da véspera da eleição indica que a campanha de José
Serra (PSDB) fracassou em todas as áreas homogêneas da cidade de São
Paulo. A estratégia tucana não conseguiu conquistar os eleitores que
moram longe e ganham mal, nem fidelizou quem vive nas áreas centrais e
têm maior renda. E ainda perdeu a maior parte dos que estão no meio do
caminho.
Na zona petista – onde candidatos do PT ganharam as últimas quatro
eleições majoritárias -, Serra perde na proporção de 2 a 5 para Fernando
Haddad (PT), segundo o Ibope. Nesses distritos periféricos, que somam
38% do eleitorado paulistano, o petista deve abrir 1 milhão de votos de
vantagem sobre o tucano. É sinal de que na região mais pobre da cidade a
campanha de Serra não conseguiu mudar a imagem de que ele governa para
os ricos.
Na zona antipetista – a parte mais rica da cidade onde mora metade do
eleitorado, e os candidatos do PT perderam as últimas quatro eleições
majoritárias sem exceção -, Serra está dois pontos à frente de Haddad,
segundo o Ibope. Desconsiderada a margem de erro, Serra abriria pouco
menos de 100 mil votos sobre Haddad. É muito pouco se comparados aos
resultados obtidos por Gilberto Kassab (PSD) em 2008 e pelo próprio
Serra em 2004.
Isso indica que Haddad conseguiu seduzir muitos eleitores que, na
média, têm renda duas vezes e meia mais alta do que os da zona petista.
Seja pelo título de professor da USP, ou por ser neófito em eleições,
Haddad conseguiu manter uma rejeição (36%) mais baixa do que a de Serra
(40%) nas áreas centrais e ricas da cidade. Nem a campanha negativa de
Serra ao longo do segundo turno conseguiu deixar a imagem de Haddad pior
que a sua.
A zona volúvel que fica entre as zonas petista e antipetista pendeu
em peso para Haddad. Segundo o Ibope, ele ganha de Serra nessa área onde
votam 8% dos paulistanos na proporção de 2 votos para 1. Em números
absolutos, isso deve significar uma vantagem de 150 mil a 200 mil votos
para o petista. Ou seja, a campanha de Serra não conseguiu cativar os
emergentes tampouco.
Somadas as três grandes zonas eleitorais da cidade, Haddad venceria com mais de 1 milhão de votos de vantagem, pelo Ibope.
Enquanto isso, dos que declaram voto em Haddad, só 6% apostam em vitória de Serra. Uma maioria de 89% dos eleitores do petista está confiante na vitória de seu candidato, diz o Ibope.
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