13 de jun. de 2012

A ameaça das “cruzadas morais” nas eleições de São Paulo

Ativistas exigem igualdade de direitos e rechaçam investidas moralistas no debate, como ocorreu na última eleição presidencial

Por André Rossi - SPressoSP

Movimento LGBT rechaça influência das igrejas na agenda política das próximas eleições de São Paulo
Nas últimas eleições presidenciais – mais precisamente no segundo turno –, as alas conservadoras de igrejas evangélicas e da igreja católica conseguiram pautar boa parte do debate político, buscando resumir a disputa a questões morais. Alguns episódios ainda estão na memória do eleitorado, como a participação do pastor evangélico Silas Malafaia no programa eleitoral de José Serra (PSDB) na TV e a distribuição de panfletos anti-Dilma feita sob encomenda do bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini. Como um dos protagonistas da campanha de 2010, José Serra, será candidato a prefeito, fica a pergunta: os temas morais irão pautar também as eleições municipais de São Paulo?

Segundo o sociólogo Rudá Ricci, a estratégia dos setores conservadores de São Paulo nas eleições municipais vai certamente explorar a questão da homossexualidade. “Esses setores seguem trabalhando em São Paulo para identificar nos gays e lésbicas uma espécie de alvo preferencial para concretizar sua pauta conservadora. Na linguagem deles, os homossexuais são abomináveis, anti-naturais e não são a cara da cidade”, acredita. “Vai haver uma polarização do debate. É mais fácil para os setores tradicionais pegarem o grupo LGBT como alvo, pode ocorrer como nas eleições de 2010, quando assistimos a uma verdadeira cruzada moral”, completa.

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