5 de mai. de 2010

BANDA LARGA - Yes, they can. E nós, nada....


Do blog TIJOLAÇO, do Brizola Neto.

Enquanto o governo brasileiro continua sofrendo pressões da empresas privadas, o Ministro das Telecomunicações permanece a serviço das mesmas, a ANATEL segue imóvel e o plano nacional de banda larga não sai do papel, a FCC (Federal Communications Comission), espécie de ANATEL americana (com a diferença que funciona), elabora um minucioso projeto chamado “Connecting America: The National Broadband Plan” (Conectando a América: O Plano Nacional de Banda Larga), com metas específicas e rígidas para que os EUA não tenha um cidadão sem acesso à banda larga. O documento possui 376 páginas, mas o colaborador que me enviou o link do documento já me deu o resumo das seis metas centrais.

Elas são as seguintes:

Meta 1: Ao menos 100 milhões de residências devem ter acesso, a preços compatíveis, a uma velocidade de download real e constante de pelo menos 4 megabytes por segundo. (Aqui, como se sabe, a velocidade real obrigatória – e que frequentemente não é alcançada, é de 10% do valor nominal, o que, comparando, significaria conexões de 40 megabytes por segundo) Isso, em até cinco anos. Depois, a meta é 100 mbps ;

Meta 2: Os EUA devem liderar o mundo em inovações móveis, com uma rede sem fio mais rápida e mais extensa do qualquer outra nação;

Meta 3: Todo americano deve ter acesso, a preço compatível, a um serviço de banda larga estável e à capacidade de poder se conectar caso deseje;

Meta 4: Toda comunidade deve ter acesso, a preços competitivos, a banda larga de pelo menos 1 gigabit por segundo e serviços para ancorar instituições como escolas, hospitais e prédios governamentais;

Meta 5: Para garantir a segurança de cada americano, todo o pessoal envolvido em atendimento de emergências médicas deve ter acesso a uma rede de banda larga sem fio nacional não interrompível;

Meta 6: Para garantir que a América seja líder em economia com energia limpa, todo americano deve poder usar a banda larga para monitorar e gerenciar seu consumo de energia em tempo real.

O plano é feito pelo Estado, com recursos do Fundo Connect America, e vai consumir , em princípio, US$ 4,6 bilhões por ano (cerca de R$ 8 bilhões) , durante 10 anos. E aqui, nós vamos continuar na mão da Vivo, Claro, Tim, Telefonica… E alguém acha que elas vão botar uma grana dessas para o Brasil ser o que os EUA, que não são bobos, querem ser em matéria de banda-larga?

Do Blog de
um Sem-Mídia - 04.05.2010

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