A resposta a essa pergunta pode ser dada de bate-pronto: nenhuma. Ao menos no que diz respeito à sua natureza política.
Por Breno Altman - Do Opera Mundi
A resposta a essa pergunta pode ser dada de
bate-pronto: nenhuma. Ao menos no que diz respeito à sua natureza
política. Nos dois casos, a derrocada de um presidente constitucional
ocorreu através de processo sumário e operado pela via das instituições.
Em ambas situações, esse modelo foi possível porque havia uma crise de
poder nascida de uma mudança política incompleta: a conquista do governo
pelos setores progressistas não se fez acompanhar por uma maioria
parlamentar de esquerda e por reformas no sistema judiciário.
Essa contradição não é exclusiva
de Honduras e Paraguai. O Brasil vive cenário bastante semelhante. O
ápice desse conflito ocorreu em 2005, quando as forças conservadoras
estiveram a poucos passos de apostarem no impedimento do presidente
Lula. Faltou-lhes coragem e sobraram-lhes dúvidas sobre como reagiriam
as ruas. As duas derrotas eleitorais, em 2006 e 2010, neutralizaram
setores potencialmente golpistas e isolaram a direita mais açodada. Mas o pano de fundo continua o mesmo.
Continue lendo aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário