Para a diretora da secretaria municipal de Habitação de São Paulo, Maria
Cecília Sampaio, para ser cidadão na capital paulista, é preciso pagar.
Ela dirige a Habinorte, uma das regionais daquela secretaria, e deu as
declarações durante reunião de trabalho com moradores da Favela do
Coruja, na Zona Norte da capital paulista.
Do SpressoSP - 14.03.12
Para a diretora, moradores de locais como esse não tem espaço em São Paulo (Foto: Secretaria Municipal de Habitação) |
“Pra morar nesta cidade, pra ser cidadão
em São Paulo, que é a terceira maior cidade do mundo, tem que
trabalhar, tem que ter um custo e tem que ter condição de pagar. É o
preço que se paga pra morar numa cidade como essa.” E avisa: “Neste
terreno a gente pretende começar um processo de desapropriação.”
Em sua fala, Maria Cecília ainda “aconselha” os pobres que a ouviam a procurar cidades menores “para poder aguentar.”
A reunião com a representante do
prefeito Gilberto Kassab (PSD) teve a presença de cerca de 25 moradores
do Coruja e aconteceu na subprefeitura da Vila Maria e da Vila
Guilherme, bairros da zona norte da cidade. No encontro também estava o
chefe do gabinete da subprefeitura Josué Filemom.
Em fevereiro, um incêndio atingiu a
comunidade e deixou mais de 60 famílias desabrigadas. A prefeitura
decidiu, porém, que outras 40 famílias também terão de deixar o local,
apesar de não terem tido suas casas atingidas pelo fogo.
Hoje (13), o promotor de habitação do
Ministério Público Estadual Maurício Lopes se encontra com para discutir
representantes da secretaria paulistana de habitação para discutir o
futuro das famílias daquela comunidade.
A prefeitura ofereceu aos moradores
inscrição no programa Parceria Social – um auxílio-aluguel de R$ 300 e
afirma que estuda um projeto habitacional para a comunidade.
Fonte: Rede Brasil Atual - 14.03.12
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