Depois de um dia intenso de movimentações na Câmara, com a presença  de ambientalistas, pequenos agricultores e ruralistas, o plenário  aprovou na noite desta terça-feira (24) a proposta do novo Código  Florestal (PL 1876/99). A bancada do PT, por unanimidade, acompanhou o  governo na votação do novo Código Florestal e apoiou a aprovação do  texto do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB), com restrições. 
De acordo com o líder da bancada do PT, deputado Paulo Teixeira (SP),  essa votação não significa o fim da questão ambiental, que é dinâmica e  precisará de novas leis. "Esse código que está sendo votado hoje é  apenas normatização de legislação já existente.
Agora a matéria vai ao Senado e reafirmamos o compromisso da bancada  do PT de continuar defendendo no Congresso o equilíbrio entre  agricultura e meio ambiente", ressaltou.
Paulo Teixeira apontou  avanços que considera importantes e que foram conquistados no texto  aprovado como resultado dos debates promovidos pelo PT e pelo governo  com o relator. "O PT ajudou a construir esse processo de debate e a tese  de que o Brasil não devia ter reserva legal foi derrotada", ressaltou.
O  líder petista destacou que o texto aprovado, diferente da primeira  versão, prevê, entre outros itens, reserva legal nas propriedades até  quatro módulos; e considera topo de morro como Área de Proteção  Permanente (APP), o que tira da ilegalidade culturas como a uva, maça,  fumo e arroz, entre outras.
A bancada do PT votou em bloco contra  a emenda dos ruralistas que prevê anistia para quem desmatou e  transfere para os estados a possibilidade de legislarem sobre limites de  áreas de preservação e que também não tem apoio do governo. "A  presidenta Dilma considera essa emenda uma vergonha para o Brasil",  disse o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP). O líder do PT endossou a avaliação feita pelo líder do governo.
Vaccarezza  reafirmou que o governo não vai admitir a transferência para os estados  da competência de legislar, a anistia aos desmatadores e a consolidação  do que já foi desmatado, o que desobrigaria a recomposição florestal.
O  líder do governo enfatizou que a presidenta Dilma Rousseff não hesitará  em usar as suas prerrogativas constitucionais para proteger o meio  ambiente. "O governo não apoiará nenhuma proposta que favoreça,  incentive ou permita o desmatamento", disse Vaccarezza.
Ainda de  acordo com ele, a ideia do governo é apresentar no Senado duas mudanças  no texto aprovado hoje. A primeira alteração institui uma punição  adicional para quem reincidir em agressões ao meio ambiente. A segunda,  de acordo com o líder, prevê uma alternativa aos pequenos produtores  (propriedades com até quatro módulos rurais) na conservação das áreas de  preservação permanente (APPs) nas margens de rios.
Gizele Benitz - PT na Câmara - 25.05.2011 -  0h24
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