7 de fev. de 2011

O PIG faz escola. É nisso que queremos nos transformar?


Aviso aos navegantes: Estou de munhequeira, cotoveleira, caneleira, joelheira, colete, capacete e demais equipamentos de proteção individual, portanto, se baterem eu vou estar protegido. A evidente brincadeira tem a intenção de tentar desarmar o clima de guerra que algumas pessoas tentam passar para a arena de discussões. Discordem, mas não tentem me desqualificar porque isso sempre é tiro que sai pela culatra.

Eu não fujo de tratar de temas polêmicos, principalmente se algo me incomoda, essa é a minha forma de extravasar meu descontentamento. Em determinados momentos eu prefiro ser o “LEN against the grain” do que seguir a lógica da falta da coerência, onde aceitamos que aliados utilizem instrumentos que criticamos na grande imprensa. Entre ficar bem com todos e a minha coerência, eu vou sempre optar pela segunda opção.

Eu já perdi a conta das críticas que fiz a jornalistas da grande imprensa por plantar mentiras usando o artifício do depoimento em off. Os caras jogam a informação que querem plantar e quando não se concretiza, simplesmente fazem cara de paisagem e fogem do assunto ou quando são questionados, juram que o que ele “adiantou” não aconteceu por causa da pressão ocorrida depois do “vazamento”, ou seja é o jornalismo me engana que eu gosto, onde o leitor abandona o senso crítico para virar um seguidor religioso. O seu “mentor” pode inventar qualquer teoria conspiratória que ele vai aceitar sem questionar, afinal que se danem os fatos, o que importa é a versão que o jornalista ou blogueiro der, afinal ele é super informado por suas fontes infalíveis.

Esse comportamento é uma evidente falta de respeito para com o leitor. O tratamento sério dado por quem acredita ter fontes de informação privilegiada é verificar a veracidade do que lhe foi passado. É necessário para quem usar a informação entender que a sua fonte pode não estar tão bem informada ou apenas tentando plantar alguma coisa ou causar confusão por perda de prestígio, não se pode tomar como inquestionável uma informação em off até para não cair do cavalo depois, por isso eu adotei nos meus textos o mesmo sistema do Nassif de colocar em observação os posts que ainda não se confirmaram. Outra pergunta que deve ser feita pelo interlocutor da fonte é se e porque é mesmo necessário manter a privacidade da fonte, se é caso de garantia de segurança ou porque alguém com cargo de confiança imagina que vai ser mandado embora. Informação em off é para ser usada com moderação, quando é inevitável proteger a integridade da fonte, e não da forma banal e leviana, diariamente.

Entendo que a única saída honesta quando a informação dada em off não se concretiza é se redimir publicamente, sobretudo em respeito aos seus leitores. Inventar uma teoria da conspiração para explicar a barriga é a pior saída que existe, pelo menos a menos digna. Errou, assume que foi barriga, é simples, honesto, respeitoso. Pedir desculpas a quem foi alvo de críticas baseadas na barriga seria um gesto excepcional, mas apenas se redimir com os leitores já demonstraria respeito a estes.

No post, Outra opinião sobre a polêmica do MinC, eu disse que de fato até agora só existia a troca do selo do Creative Commons por uma frase em português. Fui taxado de vários adjetivos, mas o argumento dos que viam sinalização da ministra se baseavam em uma informação em off da nomeação do advogado Hildebrando Pontes, ligado ao Ecad para a diretoria de direitos intelectuais. Afirmei que era especulação, que não poderia avaliar algo que não tinha acontecido. Tomaram a informação em off como inquestionável. O Minc descartou a hipótese de nomeação do advogado. O pior da história é que quem espalhou o boato não vai assumir que errou, já estão ensaiando uma saída no estilo PIG, de fazer enrubescer Ricardo Noblat. A saída é assim: a ministra ia mesmo nomear, só não nomeou por causa do protesto deles.

Então tá. Fica combinado assim e todos nós acreditamos. É nisso que a blogosfera quer se transformar?

Fonte da imagem:  Blog do Sr. Gentileza.

Hum, pra relaxar um vídeo para ilustrar uma informação adjacente: eu tirei o LEN Against the grain, da música da banda Bad Religion, do qual o amigo aqui é fã há décadas. Against the grain na tradução literal seria “Contra o Grão”, o grão no caso seria uma concepção de opinião apoiada por um grnade número de pessoas, então a expressão significa algo como “nadar contra a corrente” Against the grain, that’s where i’ll stay. Watch out!




Do Blog do Len - 07.02.2011



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