16 de out. de 2009

A mentira sobre os valores na internet - Qual o interesse do Serra com a telefônica; o que significa(ou) a privatização da Telebrás com o FHC

Ele mente, nós desmacaramos

A telefonica, privatizada por Fernando Henrique Cardoso, se aliou ao governador José Serra, e ambos estão mentindo. José Serra anunciou hoje que, pacotes de banda larga popular serão lançados em parceria com a telefonica na tarde desta quinta-feira (15) em São Paulo custarão até R$ 29,80 e em troca, as empresas pagarão menos impostos . O preço normal é de R$ 49,00. Se você está em S.Paulo, ligue 10315 e exija pagar menos.

Primeiro. A banda larga da Telefônica, nada mais é nada que o famoso Speedy, que após milhares (ou milhões) de reclamações de usuários, teve venda proibida pela Anatel.Desde o início do ano o serviço de banda larga da Telefônica sofreu (e sofre) várias falhas, que se iniciaram com um incêndio nas instalações da empresa em Barueri mas continuaram persistindo durante o ano.

A mentira

A Telefônica divulgou que o seu serviço de internet popular terá velocidade de 250 Kbps, o conhecidíssimo speedy light

Eu conversei hoje com um técnico do Speddy, que presta serviços terceirizados para a Telefônica, que me explicou, (Ele nem precisava me explicar, pois eu uso Speedy), o seguinte: Pra começar, esse serviço já existe em todo estado de S.Paulo. Portanto não foi implantado para atender o governador, como ele diz.

E, por ter baixo Kbps (baixa velocidade),o sinal não chega a residências distantes de uma central da telefonica.

Outra mentira da Telefônica, é quando ela diz que, no valor estipulado pelo governo, estão inclusos o modem, a instalação e o provedor.

O modem sempre foi gratuito. Também, já há alguns anos, passou a ser gratuito o provedor de acesso: O iTelefonica é o provedor de acesso gratuito à internet oferecido pela Telefonica. Ou seja, não há novidade nenhuma nisso

A empresa diz, também, "neste pacotede lançamento", a linha telefônica do cliente ficará livre para fazer e receber chamadas enquanto usa a internet.

Mentiu de novo. Não é "neste pacote" A a linha fica livre por não ser conexão discada, e esse serviço está longe de ser novidade, todo e qualquer assinante de banda larga, sabe que o Speedy funciona assim desde que existe banda larga.

O Serra não disse:O Speedy é a internet banda larga da Telefônica. Para assiná-lo, é preciso ter e pagar assinatura de telefone.

Para todos os planos de internet, há um custo de habilitação de R$ 299. Esse valor, é, promocionalmente, e abatido se a assinatura não for cancelada durante o período de carência de 18 meses.

A banda larga já é o principal meio de acesso domiciliar à internet, superando as ligações via linha telefônica. Mesmo nas casas das classes C, D e E que têm internet, o número das que utilizam conexões rápidas já supera o das que acessam a rede por conexão discada.

A adoção de internet de banda larga cresce em alta velocidade no país. Desde que se estabeleceu no Brasil, no começo dessa década, o número de conexões foi multiplicado 29 vezes -são cerca de 10 milhões de pontos de acesso em alta velocidade atualmente.

E as linhas velozes e ininterruptas com a rede mundial de computadores são uma realidade vivida dentro das casas --88,6% dos pontos desse tipo estão em residências.

Outras informações

O plano inicial de internet banda larga da Telefônica é de 500 Kbps e custa R$ 49 por mês.

A conexão de 1 Mbps o preço também é de R$ 49,90 nos três primeiros meses --depois, o valor da mensalidade passa a R$ 78,85.

Esse valor é maior do que o cobrado na assinatura de 2 Mbps (R$ 74,90).

Para algumas áreas, a Telefônica tem planos de 8, 16 e 30 Mbps via fibra ótica. De acordo com a empresa, esses planos têm melhores velocidades de upload de dados.O Preço é 59,90

Por Helena - Os amigos do Lula - 16.10.09
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Serra cria o Mensalão da Banda Larga

Com ciúme do Programa Internet Para Todos, do governo federal, e preocupado com a perda de receita de seus amigos espanhóis da Telefonica, que ganharam a telefonia de SP de seu amigo FHC, o Maior de Todos os Brasileiros resolveu dar um dinheirinho para cobrir o rombo da perda de assinantes do serviço de internet banda larga (Speedy). A Telefonica anda em baixa porque a própria ANATEL foi obrigada a admitir que o serviço prestado era de qualidade tão ruim que teve sua comercialização proibida.

Seguindo as práticas cleptotucanas usuais de solidariedade com os amigos, o Presidente de Nascença lançou um programa cujo é-di-tal foi elaborado de tal forma que apenas a Telefonica poderia se habilitar.

Pelo programa, já batizado de Mensalão da Banda Larga a Telefonica continuará prestando serviço de qualidade inferior, uma pseudo-banda larga (250 Kb), e cobrando preços parecidos com o que já cobra. Mas deixará de pagar ICMS.

A população de São Paulo já organiza um grande ato de júbilo em homenagem ao Mais Preparado dos Políticos, como forma de agradecer a mais essa grande decisão de estadista.

Comentário da Tia Carmela: O Zezinho sempre gostou de ajudar seus amiguinhos espanhóis. Lá na rua dele, na Móoca, tinha o Pepe, que era filho do seu Salvador, um espanhol que vendia pão de bicicleta de manhã cedo. O Zezinho gostava muito do Pepe, porque ele sempre ajudava o Zezinho quando ele se metia em encrenca. Eles tinham um acordo: quando um estava precisando de dinheiro pra comprar doce, o outro pagava. Acontece que o Pepe era um menino muito guloso e sempre tirava vantagem. Pagava umas balinhas do Zezinho e na hora de tomar sorvete, que era mais caro, arrumava um jeito do Zezinho pagar…

Fonte Carmela - 16.10.09
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O novo capitalismo de família no Brasil

Por Luis Nassif - 11.10.09

Um dos fenômenos ainda não devidamente analisados nesta etapa do desenvolvimento brasileiro, é o do chamado capitalismo de família.

A privatização criou uma geração de novos financistas, beneficiados pelo modelo de FHC – que teve como principais mentores Gustavo Franco (no planejamento político), André Lara Rezende (no papel de conduto entre o mercado e a política cambial), Pérsio e Edmar Bacha (amoldando a política cambial e monetária ao novo modelo) e Luiz Carlos Mendonça de Barros e Ricardo Sérgio (como operadores).

Daniel Dantas, aliás, surge ainda no governo Sarney e Collor, em parceria com o Citigroup, adquirindo ações da Telebras a preço de banana. Depois, se consolida na era tucana.

Sob o guarda-chuva de FHC consolidam-se também Jorge Paulo Lehmann, Daniel Dantas, Luiz César Fernandes e outros bastante expressivos, mas com menor visibilidade. Outros grupos conseguem ganhar com a privatização, mas correndo por fora do sistema FHC – caso de Benjamin Steinbruch, Andrade Gutierrez e grupo La Fonte.

Finalmente, há outros tycoons que entraram para o clube do bilhão aproveitando o grande movimento especulativo mundial. Caso típico de Eike Baptista, que montou uma mineradora, vendeu com o preço do minério do ferro batendo recordes históricos e lançou sua petrolífera com o petróleo cotado a US$ 130,00.

Ou mesmo de André Esteves e seus sócios, ao vender o Pactual para o UBS, recomprar um banco várias vezes maior, mas pelo mesmo preço. Só nessa operação, devem ter ganhado US$ 2 bilhões.

Esses anos todos foram caracterizados por grande desnacionalização da economia mas, por outro lado, pela enorme valorização dos ativos nacionais. Alguns grupos permaneceram sob controle nacional, ganhando dimensão internacional mas sem perder o controlo familiar, como a Odebrecht, Gerdau, Sadia (até o desastre dos derivativos), Suzano, Klabin, Votorantim.

Mas grandes grupos nacionais foram vendidos. As famílias controladoras se tornaram investidores, ganhando com o longuíssimo processo de juros estratosféricos. Há enormes fortunas acumuladas no período.

Hoje, muitas dessas famílias entregaram seus recursos para gestores. Com a queda dos juros, passaram a se tornar investidores na economia real, em setores tradicionais e em novos empreendimentos.

Há uma diferença grande da geração dos gestores de recursos. Não entram em negócios visando ganhar na semana seguinte. Apostam a longo prazo, são conservadores, precisam conhecer os empreendedores antes de dar o passo seguinte.

Nessa nova etapa do capitalismo brasileiro – se o Banco Central conseguir ser domado pelo próximo presidente – serão agentes ativos da capitalização na nova economia.

Um comentário:

RLocatelli Digital disse...

Isso me lembra muito aquele "acordo" entre Serra e a Microsoft para que a empresa estadunidense concedesse "e-mails grátis" para os estudantes paulistas. Ora, os e-mails de Microsoft (hotmail) já são gratuitos. Não precisava nenhum acordo. Há e-mails grátis do gmail, yahoo, ig, bol, etc, etc. Todos eles estão disponíveis para estudantes, professores e quem mais quiser.
Quanto mentira, meu Deus!!