Um cortejo para denunciar a tentativa de assassinato do Sistema Único de Saúde (SUS) tomou as calçadas da Avenida Paulista na manhã desta sexta-feira (02).
Ao som da música clássica de Chopin, cerca de 500 trabalhadores da saúde pública do Estado de São Paulo usaram roupas pretas, faixas com sangue falso e esparadrapo na boca para chamar a atenção da população sobre o Projeto de Lei Complementar (PLC) 62/2008.
De autoria do governador José Serra, ele permite a expansão da privatização dos hospitais e laboratórios ao autorizar a atuação das Organizações Sociais (OSs) em toda a rede do Estado.
Os deputados estaduais da situação, que no início de setembro aprovaram o PLC na Assembléia Legislativa de São Paulo, também foram lembrados. Os manifestantes levaram cartazes onde se lia de um lado, “este deputado votou contra a saúde pública”, e de outro o nome do parlamentar.
A marcha
Desde o final da Avenida Paulista, na rua da Consolação, trabalhadoras vestidas de viúva carregavam um caixão preto de papelão cuja tampa trazia a inscrição ‘SUS’. A auxiliar de enfermagem Irenilda Mendes, com 15 anos de serviços prestados à saúde, destacou a experiência de quem convive diretamente com a política tucana para o setor.
“Falta material, falta pessoal e o pior é ver o sofrimento da população carente, que aguarda mais de seis meses para ser atendida. O governo aplica todos os recursos nos setores administrados pelas OSs e deixa os hospitais públicos sucateados”, criticou.
Para dialogar com a população da região, os manifestantes cruzavam, a cada farol, a Avenida Paulista e além da performance teatral, distribuíam panfletos que destacavam o processo de terceirização da saúde desde 1998.
Presidente da CUT/SP, Adi Lima, destacou a luta da Central contra o desmonte do SUS. “O Sistema Único de Saúde é um exemplo para o mundo todo e não podemos deixar que os convênios explorem a saúde pública e transformem em um negócio. Se o Estado continuar a ser governado por DEM e pelo PSDB, não vai sobrar nada daquilo que construímos com nossa força e suor”, afirmou.
Mobilização popular
A marcha seguiu até a altura do número 900. Diante da Fundação Cásper Líbero, o presidente da Sindsaúde, Benedito de Oliveira, destacou que enquanto São Paulo se desfaz do patrimônio público, o mundo destaca a importância do Estado como indutor do desenvolvimento. “Aqui não temos políticas públicas e sóciais”, comentou.
Para o deputado estadual Adriano Diogo (PT), também presente na manifestação, o PLC 62 apresenta inúmeras regularidades que justificam ingressar com uma representar para a anular a ação. “Na madrugada em que a base do Serra aprovou a lei, incluiram também a terceirização dos esportes. Além disso, há um grave problema que é o fato das Organizações Sociais não passarem por licitação. Porém, esbarraremos na burocracia da Justiça e do Ministério Público se não tivermos apoio de massa, não avançaremos. Por isso manifestações como essa são fundamentais para a população entender o que acontecerá com a saúde pública”, acredita.
Por volta das 12h, para encerrar o ato e levar a toda capital paulista a mensagem da valorização dos serviços públicos, os trabalhadores soltaram mais de mil balões com as cores do Estado.
CUT/SP
Por Jussara Seixas - Blog da Dilma - 07.10.09
O Brasil que eu quero está no Blog da Dilma
Ao som da música clássica de Chopin, cerca de 500 trabalhadores da saúde pública do Estado de São Paulo usaram roupas pretas, faixas com sangue falso e esparadrapo na boca para chamar a atenção da população sobre o Projeto de Lei Complementar (PLC) 62/2008.
De autoria do governador José Serra, ele permite a expansão da privatização dos hospitais e laboratórios ao autorizar a atuação das Organizações Sociais (OSs) em toda a rede do Estado.
Os deputados estaduais da situação, que no início de setembro aprovaram o PLC na Assembléia Legislativa de São Paulo, também foram lembrados. Os manifestantes levaram cartazes onde se lia de um lado, “este deputado votou contra a saúde pública”, e de outro o nome do parlamentar.
A marcha
Desde o final da Avenida Paulista, na rua da Consolação, trabalhadoras vestidas de viúva carregavam um caixão preto de papelão cuja tampa trazia a inscrição ‘SUS’. A auxiliar de enfermagem Irenilda Mendes, com 15 anos de serviços prestados à saúde, destacou a experiência de quem convive diretamente com a política tucana para o setor.
“Falta material, falta pessoal e o pior é ver o sofrimento da população carente, que aguarda mais de seis meses para ser atendida. O governo aplica todos os recursos nos setores administrados pelas OSs e deixa os hospitais públicos sucateados”, criticou.
Para dialogar com a população da região, os manifestantes cruzavam, a cada farol, a Avenida Paulista e além da performance teatral, distribuíam panfletos que destacavam o processo de terceirização da saúde desde 1998.
Presidente da CUT/SP, Adi Lima, destacou a luta da Central contra o desmonte do SUS. “O Sistema Único de Saúde é um exemplo para o mundo todo e não podemos deixar que os convênios explorem a saúde pública e transformem em um negócio. Se o Estado continuar a ser governado por DEM e pelo PSDB, não vai sobrar nada daquilo que construímos com nossa força e suor”, afirmou.
Mobilização popular
A marcha seguiu até a altura do número 900. Diante da Fundação Cásper Líbero, o presidente da Sindsaúde, Benedito de Oliveira, destacou que enquanto São Paulo se desfaz do patrimônio público, o mundo destaca a importância do Estado como indutor do desenvolvimento. “Aqui não temos políticas públicas e sóciais”, comentou.
Para o deputado estadual Adriano Diogo (PT), também presente na manifestação, o PLC 62 apresenta inúmeras regularidades que justificam ingressar com uma representar para a anular a ação. “Na madrugada em que a base do Serra aprovou a lei, incluiram também a terceirização dos esportes. Além disso, há um grave problema que é o fato das Organizações Sociais não passarem por licitação. Porém, esbarraremos na burocracia da Justiça e do Ministério Público se não tivermos apoio de massa, não avançaremos. Por isso manifestações como essa são fundamentais para a população entender o que acontecerá com a saúde pública”, acredita.
Por volta das 12h, para encerrar o ato e levar a toda capital paulista a mensagem da valorização dos serviços públicos, os trabalhadores soltaram mais de mil balões com as cores do Estado.
CUT/SP
Por Jussara Seixas - Blog da Dilma - 07.10.09
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