7 de jun. de 2009

O Bolsa-Mídia e o jornalista que lia manchetes para um candidato

Colunista de um certo jornal diário que acha que a ditadura foi branda escreveu recentemente que a desconcentração de recursos publicitários no governo Lula é Bolsa-Mídia (reveja o que o jornalista da folha disse).

Até acho que ele de certa forma ele tem razão. O Bolsa-Família faz justiça social. E a diversificação dos recursos publicitários coloca os pontos nos is da realidade da comunicação brasileira. Se a iniciativa privada não entendeu isso é porque suas agências são preconceituosas. E vivem de Bonificação por Volume (o famoso BV). Se o colunista não sabe o que é isso e como funciona, me disponho a lhe explicar.

Os veículos ditos grandes a cada dia que passa tem tiragem menor, qualidade mais sofrível e pautam menos o debate. Tanto é verdade que eles se juntaram todos para derrubar o governo em 2005 e foram derrotados. Não só nas urnas. Mas na opinião pública e na esfera da comunicação.

Mas é engraçado como certos colunistas são seletivos. Não me lembro deste, por exemplo, criticando o governo Serra por conta das milionárias assinaturas que fez das revistas da Editora Abril.

Mas já que ele falou do governismo subalterno de certos blogues, vou aqui falar de uma outra coisa bem mais subalterna.

Na campanha de 2006, esse mesmo colunista, na condição de editor de um caderno muito especial para a disputa eleitoral, recebia sempre na mesma hora uma certa ligação. Ele começava então a ler baixinho para o interlocutor as manchetes do dia seguinte, uma a uma. E às vezes explicava o motivo de uma ou outra coisa estar desse ou daquele jeito.

Na redação, não eram poucos os que sabiam o nome do interlocutor.

Será que o leitor pode imaginar quem era?

Menas, coleguinha, menas.

Este blogueiro está à disposição para um debate sobre a nova esfera da comunicação e a necessária diversidade informativa para que a nossa democracia se consolide.

Pode marcar hora e local. E levar a platéia.

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